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Condutores sob o efeito de canábis são condutores seguros
Condutores sob o efeito de canábis são condutores seguros
por Dana Larsen (11 de Janeiro de 2005)
Duas décadas de pesquisa mostram que o uso de marijuana pode até reduzir os acidentes de condução.
Os efeitos do uso de marijuana na performance de condução foram extensivamente estudados durante os últimos 20 anos. Todos os grandes estudos mostram que o consumo de marijuana tem pouco ou nenhum efeito na forma de conduzir e pode até reduzir o número de acidentes. Aqui fica um resumo dos maiores estudos sobre uso de canábis e condução.
Um estudo de 1983, pela US National Highway Transportation Safety Administration (NHTSA), concluíu que o único efeito significante do uso de canábis é condução lenta - geralmente considerado um efeito positivo de conduzir mocado.
Um compreensivo estudo de 1992, pela NHTSA, revelou que a erva raramente está envolvida em acidentes de viação, excepto quando combinada com alcool. O estudo concluíu que "os condutores que só acusaram THC tiveram uma taxa de responsabilidade [de acidente] inferior à dos condutores livres de qualquer droga." Este estudo esteve "enterrado" durante seis anos e não foi publicado até 1998.
Um estudo de 1993, também pela NHTSA, "medicou" condutores Holandeses com THC e testou-os em estradas Holandesas reais. Veio concluir que o THC não causou qualquer alteração negativa, excepto uma pequena deficiência na capacidade do condutor de "manter uma posição lateral constante na estrada." Isto significa que os condutores que consumiram THC tiveram uma pequena dificuldade em permanecer precisamente no centro da sua via, mas não mostraram outros problemas. O estudo observou que mesmo os efeitos de altas doses de THC, são de longe menos significativos que os do alcool ou de muitas drogas de farmácia. O estudo concluíu que "os efeitos adversos do THC na capacidade de condução aparentam ser relativamente pequenos."
Um sólido estudo de 1998, realizado pela University of Adelaide e pela Transport South Australia, examinou amostras de sangue de condutores envolvidos em 2500 acidentes. Verificou que os condutores só com canábis nos seus sistemas têm menos probabilidades de causar acidentes que os condutores sem canábis. Os condutores com marijuana e alcool tiveram uma elevada taxa de responsabilidade de acidente. O relatório concluíu, "não houve indicação que a marijuana por si só fosse motivo de acidentes fatais."
No Canadá, um estudo-análise em 1999 pela University of Toronto sobre erva e condução, mostrou que os condutores que consomem uma quantidade moderada de erva, abstêm-se habitualmente de ultrapassar carros e conduzem a uma velocidade mais constante. A análise também confirmou que a marijuana, quando tomada sozinha, não aumenta o risco do condutor causar um acidente.
Um grande estudo de 2000, feito pelo UK Transport Research Laboratory, descobriu que os condutores sob a influência de canábis eram mais cautelosos e menos prováveis de conduzir de forma perigosa. O estudo examinou os efeitos da marijuana nos condutores durante quatro semanas de testes em simuladores de condução. O estudo foi autorizado especificamente para mostrar que a marijuana é prejudicial, o que embarassou o governo britânico com a conclusão do estudo, segundo o qual "os utilizadores de marijuana conduzem de forma mais segura sob a influência de canábis."
De acordo com o Cannabis and Driving report, uma compreensiva revista publicada em 2000 pelo UK Department of Transportation, "a maior evidência sugere que o uso de canábis pode resultar num risco inferior de culpabilidade [de acidente]."
O Senado Canadiano emitiu um mega relatório sobre todos os aspectos da marijuana em 2002. O seu capítulo sobre conduzir sob a influência de canábis, conclui que "a Canábis por si só, particularmente em doses baixas, tem pouco efeito nas capacidades de destreza envolvidas na condução de automóveis."
O estudo mais recente sobre drogas e condução foi publicado em Julho de 2004, pelo Journal of Accident Analysis and Prevention. Os investigadores do Dutch Institute for Road Safety Research analisaram testes ao sangue de pessoas envolvidas em acidentes de viação, verificando que até mesmo as pessoas com uma percentagem de alcool no sangue entre 0,5% e 0,8% (abaixo do limite legal) tinham uma probabilidade de risco de acidente grave cinco vezes superior. Os condutores acima do limite legal de alcoolémia tinham 15 vezes mais probabilidades de colidir. Drogas como o Valium e o Rohypnol produziram resultados semelhantes aos do alcool, enquanto que a cocaína e os opiáceos mostraram apenas um pequeno mas "não significante estatisticamente" aumento do risco de acidente. E em relação aos utilizadores só de marijuana? Eles não mostraram absolutamente qualquer tipo de aumento no risco de acidentes.
LINKS E REFERÊNCIAS
1983 National Highway Transportation Safety Administration study: Stein, AC et al., A Simulator Study of the Combined Effects of Alcohol and Marijuana on Driving Behavior-Phase II, Washington DC: Department of Transportation (1983)
www.erowid.org/plants/cannabis/cannabis_myth12.shtml
www.mapinc.org/newscc/v00/n1161/a02.html
2000 UK Department of Transportation's Cannabis and Driving report:
www.dft.gov.uk/stellent/groups/dft_rdsafety/documents/page/dft_rdsafety_504567.hcsp
2002 Report of the Special Senate Committee on Illegal Drugs
www.parl.gc.ca/37/1/parlbus/commbus/senate/com-e/ille-e/rep-e/repfinalvol1part4-e.htm
July 2004, Journal of Accident Analysis and Prevention, Psychoactive substance use and the risk of motor vehicle accidents.
www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi?cmd=Retrieve&db=pubmed&dopt=Abstract&li st_uids=15094417
For a less scientific and more amusing study of the combination of drugs and driving, go here:
www.techno.de/mixmag/interviews/Driving_on_drugs.html
UMA MELHOR FORMA DE TESTAR
Performance testing is better than drug testing
Cannabis Culture, January 2005
cannabisculture.com/articles/4130.html
Alternatives to Drug Testing: Performance testing Non-testers List
www.nontesterslist.com/nontesters/ptest.html
Performance testing can add an extra measure of safety
HR Magazine, February 1996
www.findarticles.com/p/articles/mi_m3495/is_n2_v41/ai_18159115
An Alternative to Drug Testing
Inc Magazine, April 1995
www.inc.com/magazine/19950401/2235.html
RELATÓRIOS SOBRE LEIS RELACIONADAS COM CONDUÇÃO SOB O EFEITO DE DROGAS APRESENTADOS PELOS MEDIA
UK Launches Drug Driving Tests
Daily Telegraph, December 22, 2004
www.mapinc.org/ccnews/v04/n1821/a02.html
Drug Office Out To Convince Teens Pot Impairs Driving
Lexington Herald-Leader, December 3, 2004
www.mapinc.org/ccnews/v04/n1726/a05.html
Growing danger: Drugged driving
USA Today, Oct 21, 2004
www.usatoday.com/news/nation/2004-10-21-cover-drugged-driving_x.htm
Zero-tolerance drugged driving law doing the job
The Daily Press, July 8, 2004
www.mapinc.org/ccnews/v04/n977/a05.html
Lawmakers Aiming for 'Zero Tolerance' Of Pot-Smoking Drivers
The Athens News, May 5, 2004
www.mapinc.org/ccnews/v04/n683/a02.html
Drugged Driving Statutes Pushed
Boston Globe, March 21, 2004
www.mapinc.org/ccnews/v04/n464/a02.html
New Legislation To Allow Police To Conduct Roadside Tests for Drug Impaired Drivers
Ottawa Citizen, February 23, 2004
www.mapinc.org/ccnews/v04/n319/a07.html
Too Many One Toke Over Line, Police Say
Globe and Mail, February 1, 2003
www.mapinc.org/ccnews/v03/n173/a01.html
Drug Czar, Prohibition Establishment Seek 'Zero Tolerance' for 'Drugged Driving'
The week online with DRCNet, November 22, 2002
www.mapinc.org/ccnews/v02/n2157/a04.html
British Police Plan New Drug Tests For Drivers
Reuters, August 3, 2000
www.mapinc.org/ccnews/v00/n1105/a12.html
Marjiuana Report Too Hot Too Handle
Australian Broadcasting Corporation, October 1998
www.norml.org.nz/Marijuana/Driving.htm#abc981014b
"Steer Clear of Pot" Media Campaign
US Office of National Drug Control Policy
www.mediacampaign.org/steerclear/index.html
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Este já é velhinho mas penso que fica bem aqui 

E o tempo que passou desde então só veio confirmar que o artigo continua muito atual.
A minha opinião é a de que o consumidor experiente não é negativamente afetado, podendo-o ser até positivamente. Já o consumidor inexperiente ou uma pessoa que nunca consumiu, é óbvio que se for consumir e em seguida dirigir uma viatura é bem possível que conduza pior e com menos segurança.
Por outro lado, mesmo o consumidor mais experiente, ainda que tenha também muitos anos de experiência como condutor de automóveis, se estiver conduzindo numa cidade que não conhece e que seja muito movimentada, é sempre preferível apenas consumir quando a viagem terminar pois nem vai disfrutar do efeito, nem vai certamente melhorar a sua performance.
E é por tudo isto que continuo a ser da opinião de que o ideal é mesmo utilizar "testes de performance". Há software informático capaz de testar na perfeição as capacidades físicas e cognitivas de qualquer pessoa, adaptando-as e relacionando-as diretamente com a condução. O condutor, ao ser mandado parar pelas autoridades, é submetido a um teste virtual em que tem que provar que está em condições para conduzir. Este é o teste mais justo, porque há muita gente que não toma nada mas não está capacitado para conduzir devido a problemas psicológicos, mentais, fadiga, etc. Com este sistema seriam detetados todos os casos de incapacidade para conduzir e com isso evitados muitos acidentes.
Saudações tricomáticas! 
tommy
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