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Tópico: Fertilização Organica - Guia do Guano !

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    “Pássaros amam as sementes ricas em óleo dessa planta frutífera e no decorrer do ecstasy de comê-las, engolem-nas por inteiro. Com o passar dos anos, a Cannabis voou por aqui e por ali, em barrigas de pássaros e, em seguida, se assentou em pilhas de cocô, prontas para dar a partida.”

    Drake, Bill - Marijuana – The Cultivator’s Handbook, 1979


    Um ancião italiano em um provérbio, demonstrando o seu humor: “Cânhamo crescerá em qualquer lugar, porém, sem adubo, embora tenha sido plantado nos céus, não servirá para uso algum”. O quão sortudo é o cânhamo, por encontrar o céu em uma pilha de cocô de pássaros. O quão aforturnado são os pássaros por se acharem “doidões”. O quão afortunado são os primeiros homens e mulheres a notar como as pequenas criaturinhas cantantes se tornam eufóricas, após mastigarem as sementes da forte, alta e cheirosa planta. O planeta é justo”.

    Drake, Bill - Marijuana – The Cultivator’s Handbook, 1979


    “O mais famoso de todos os guanos marítimos, foi usado pelos Incas. Na verdade, a palavra guano é de origem Quichua, lingua oficial da civilização Inca, que significa o excremento de aves marítimas”.



    Sumário:

    1. História do adubo

    2. Adubos de Animais

    3. Os Guanos

    4. Adubo Vegetal

    5. Encontrando adubo


    Apenas tradução de texto extraído de:
    rollitup.org/organics/48967-guano-guide-3lb.html


    Guia do Guano original, por 3LB (Three Little Birds):


    Crescendo em uma pequena família de fazendeiros, a memória de infância de um integrante, dos três pequenos pássaros (3lb), inclui reclamações a seu pai sobre estar rodeada pelo terrível odor de restos de gado que estavam criando.

    “Querida, isso não fede... Esse é o cheiro do dinheiro,” respondia o pai.

    Ela certamente compreendeu o valor da pecuária que a sua família cultivava para lucro, a qual é a origem de onde seu pai conseguiu obter recursos financeiros. Dentro em breve, ela também fez a conexão entre os animais da fazenda e a saborosa carne em sua mesa.

    Ela compreendeu um outro significado irônico da afirmação de seu pai, quando seu primeiro trabalho remunerado consistia em manejar cepo de celeiro em uma feira estadual. E finalmente, um determinado dia, enquanto apreciava o doce aroma de algumas plantas em floração, que cresciam em pastagens, ela também começou a compreender o papel que o adubo exerce, fazendo com que o nosso solo seja rico e produtivo. Seu pai, ao dizer que o adubo cheirava a dinheiro, disse apenas simples palavras, mas como sempre, em sua sabedoria, elas continham vários significados.

    ************************************************

    1. História do adubo

    O uso do adubo na agricultura é honrado por uma antiga tradição. Adubo têm sido usado como reforço ao solo e como fertilizante, desde a época em que a humanidade deu início ao registro de palavras e símbolos através da escrita. Cientistas tão proeminentes quanto Carl Sagan, sugeriram que as primeiras safras de agricultura fossem como a cannabis. É possível que a mistura de adubo e Marijuana teve início com o surgimento da tentativa da humanidade de cultivar culturas, buscando um propósito, ao invés de apenas sobreviverem da caça e colheita.

    Sob a influência de uma erva fina, fica fácil imaginar um regresso no tempo. Olhando o passado, podemos ver uma tribo de nômades que se parece com o homem moderno, porém, liderando uma existência primitiva voltada a caça e colheita. Podemos imaginar um clã, seguindo um determinado jogo, enquanto se aproveita de frutas e nozes locais. Esses homens (e mulheres), não são necessariamente maiores ou mais fortes do que os animais selvagens, com os quais competem pela sobrevivência, mas sim mais inteligentes. E durante as migrações sazonais, um dos ancestrais bem distantes, notou que as suas plantas herbáceas favoritas, prosperavam especialmente bem em áreas onde a tribo nômade despejava seus restos, próximo aos campos sazonais.

    Eles podem ter se dado conta de que os rebanhos de animais que o seu clã vinha perseguindo, contribuiu em espalhar e nutrir suas plantas favoritas. Talvez, como Bill Drake sugere, foi com a descoberta da pilha de titica de pássaros onde tudo começou. Independentemente de onde tenha tido início, com um pouco mais de raciocínio, nossos ancestrais se deram conta de que as culturas poderiam ser fertilizadas, e, até mesmo, cultivadas para um propósito. Alguns especulam que esse é o nascimento da agricultura; que tudo começou com uma casual pilha de titica.

    Enfim, as pessoas podem chamar isso do que quiserem. Seja pelo nome extravagante adubo, guano, ou mesmo pelos mais comuns, como merda, cocô, bosta, titica, afinal, é tudo merda mesmo! Contudo, os 3lb querem que você saiba, que essa pode ser uma merda muito boa. Queremos que você saiba que o adubo é uma das chaves que destravam o incrível potencial orgânico da jardinagem.

    Ao imensurável tempo que antecede a invenção da agricultura, antes mesmo do homem começar a lavrar o solo, a vegetação morta naturalmente retornava à terra como um rico e fértil húmus. Em tradicionais formas de cultivo, nossos ancestrais aprenderam a usar os componentes de restos de animais, de uma maneira sustentável. Antes da descoberta de fertilizantes químicos e pesticidas, o adubo era utilizado como recurso e não como um produto desperdiçado. Húmus natural, produzido em era anterior a agricultura, foi substituído por adubo, rico em nitrogênio e outros elementos que a planta depende. Hoje, isso não é mais uma verdade.

    Por uma perspectiva ambiental, o adubo é um recurso que está sendo desperdiçado em terível escala. Em algumas área rurais, onde se concentra e se cria uma largo número da pecuária, o adubo não é um recurso, ao invês disso, se tornou nocivo ao meio ambiente. Considere por um momento que um único porco irá produzir 130kg de esterco, no transcorrer de um ano. É fácil constatar como uma grande concentração de restos encontrados em fazendas fabris pode fazer frente a uma cidade grande, com relação ao volume total de restos orgânicos produzidos.

    De acordo com estimativas os EUA, sozinho, possui algo em torno de 175 milhões de fazendas de animais. Essa multiplicidade de animais, excrementa mais de dois bilhões de toneladas ao ano em desperdício. Devido a má administração, mal uso e ignorância, muito pouco dos potentes nutrientes desses restos retornam à terra, menos de 20%, de acordo com estimativas. Em vez disso, essa incrível massa de adubo ameaça poluir rios, lagos, córregos e até mesmo o lençol freático que fornece a muitas pessoas, água potável.

    Por consequência, encontrar a solução adequada para o tratamento e disposição de todo esse adubo, de uma forma economicamente viável é uma absoluta necessidade da agricultura moderna. Uma boa administração requer práticas agrícolas sustentáveis, que se concentram em encontrar o equilíbrio na fazenda. Portanto, enquanto os humanos criam e consomem a pecuária, enquanto mantemos animais como cavalos para certos propósitos ou mesmo para o bel prazer, é sensato utilizar adequadamente o adubo para construir e sustentar o nosso solo.

    Como nota, uma avançada forma de jardinagem, os vegetarianos orgânicos, oferece esperança para cultivadores de camarões orgânicos, que não possuem intimidade com o uso de adubo e guanos. Mencionamos isso, uma vez que algumas pessoas podem ter desconsiderado a opção de ter que lidar com merda de animal e, alguns cultivadores de indoor, podem se sentir repelidos ao fato de terem que levar merda para as suas casas ou áreas de cultivo. Talvez para uns, isso já seja motivo suficiente a decidir que essa especial forma de jardinagem, não serve para eles.

    Esperamos que, por lidar com adubo em seu jardim, não necessariamente haverá de ter sujeira ou odores... é apenas uma questão de conhecer a sua merda!

    Por simples definição, adubo são as fezes e urina de animais. É feita pela indigestão e digestão parcial de partículas de alimentos, assim como um coquetel de sucos digestivos e bactérias. Cerca de 30% da massa total de estrume pode ser de bactéria, portanto, não deve ser surpresa que a merda pode servir como um excelente inoculante para uma pilha de composto. Misturar esterco em seu composto, pode prover todas as bactérias necessárias à população, para rapidamente e eficientemente quebrar todos os outros materiais comuns na pilha.

    Adubo pode conter toda a gama de micronutrientes principais e secundários que nossas plantas necessitam para uma vida forte e saudável. A maioria dos adubos contém esses nutrientes em forma já disponível às plantas. Os componentes orgânicos no adubo continuarão a quebrar lentamente com o passar do tempo, provendo alimento para plantas também à longo prazo. Quando misturados a fertilizantes de longa vida, como os fosfatos de rocha e arenitos, podem ser usados verdadeiramente à longo prazo para a construção do solo.

    Em adição a prover um excelente serviço à jardineiros como um potente fertilizante e construtor de solo, húmus e guano podem ambos ser aplicados como chás. Chás de humus e guano, agem como fertilizantes, provendo nutrientes disponíveis em formas facilmente assimiláveis as plantas. Eles também servem como efetivos inoculantes de várias bactérias benéficas.

    O valor nutricional do humus pode variar significativamente de espécie para espécie, devido a diferentes sistemas digestivos e pardrões de alimentação. Mesmo dentro de uma espécie, o conteúdo fértil das fezes irá variar, dependendo de fatores como dieta, idade e a saúde de forma geral. Animais jovens devotam muita energia para se desenvolverem, por esse motivo, suas fezes serão menos ricas em nutrientes em comparação a animais maduros. Um chiqueiro repleto de porquinhos bebês em início de amamentação, terá restos de alimentos com diferentes valores nutricionais, em comparação a outro produzido com porcos prontos para o mercado.

    Uma dieta animal também certamente exercerá um fator de importância. O livro The Rodale Book on Composting (um excelente recurso), utiliza o exemplo de um animal alimentado somente por palha e feno. As fezes desse animal serão significativamente diferentes no conteúdo de nutrientes, quando comparado a um irmão, alimentado por uma dieta que inclua valores nutricionais maiores, como farelo de trigo, farelo de algodão e glúten.

    O propósito de um animal ser usado para reprodução, também pode causar uma variação no valor nutricional do esterco. Vacas leiteiras nos servem de grande exemplo. A produção de leite é tributável, até mesmo para uma vaca leiteira. Somado a uma grande quantidade de cálcio, o leite também contém um alto teor de nitrogênio, fósforo e potássio, os três nutrientes primários às plantas. Quando diversos nutrientes estão sendo usados para produção de leite, menos fertilizantes estarão disponíveis para as plantas e para a construção do solo, nessas fezes de animais.

    Outro fator que irá modificar o valor fértil do húmus é relativo a idade e a forma que foi manejado. Húmus deixado exposto a certos elementos, perderá rapidamente o seu valor nutricional. A chuva pode facilmente extrair nutrientes solúveis do húmus. Uma fina pilha de fezes pode perder a metade de seu valor fértil em menos de uma semana. Para captar por completo o potencial nutricional do húmus é necessário compostar a merda rapidamente, enquanto ainda fresca.

    Com exceção aos guanos (extraídos de depósitos de resíduos fossilizados) e as fezes (suaves e bem digeridas), normalmente é orientado que se faça a compostagem de restos e de fezes, antes de diretamente usá-los em jardins. Quando adicionados diretamente ao solo, o adubo fresco pode agir de forma similar aos fertilizantes químicos. O Nitrogênio no adubo fresco (amônia e nitratos altamente solúveis) podem queimar o sistema radicular de plantas delicadas e até mesmo interferir na germinação de sementes.

    Outra boa razão para compostar adubos antes de usar é porque alguns adubos de animais podem conter sementes. Técnicas adequadas de compostagem sob alta temperatura podem matar esses convidados indesejados, assim como os patógenos de solo. Quando usado isoladamente, adubo de animais podem não ser fertilizantes completos e balanceados. Entretanto, uma vez que o adubo foi completamente alterado e compostado, qualquer desequilíbrio pode ser facilmente corigido, fazendo com que ele, por si próprio, possa ser quebrado e digerido em nutrientes, ambos equilibrados e disponíveis para nossas plantas e ervas favoritas.

    Uma compostagem adequada irá, na verdade, aumentar o valor nutricional do adubo. Alguns tipos de bactérias em uma pilha de composto irão “fixar” o nitrogênio. Isso faz com esse nutriente essencial seja prevenido de escapar como amônia gasosa. Se o agricultor consciente, previne a lixiviação (processo que sofrem as rochas e solos, ao serem lavados pela água da chuva), todo o fósforo e potássio originais podem ser preservados. Como benefício adicional, o processo de compostagem irá aumentar a solubilidade dessses nutrientes.

    Gostaríamos de continuar a nossa conversa com uma simples lista de adubos que podem ser usados para bons resultados, por jardineiros de camarões. Mas, seríamos negligentes se não começassemos, primeiramente, abordando sobre alguns adubos que acreditamos que não são adequados para uso em jardinagem.
    Fezes de humanos, assim como as de gatos e cachorros, são considerados totalmente inadequados para uso como fertilizante. NÃO CULTIVEM COM ESSAS FEZES! Com esses recursos, eleva-se demais o potencial à incidência de parasitas e doenças mortais. Apenas diga não a qualquer sugestão de utilização destes recursos.

    Dito isto, há uma grande variedade de guanos, adubos e fezes que são seguras e disponíveis para uso pela indústria da horticultura. A lista é inclusiva, mas não se limita a:

    • Adubos

    1. Esterco de Galinha
    2. Esterco de Aves (incluindo Patos e Perus)
    3. Estrume Bovino
    4. Esterco de Cabra
    5. Esterco de Cavalo
    6. Esterco de Porco
    7. Esterco de Coelho
    8. Esterco de Ovelha


    • Guanos

    1. Guano de Morcego – (incluindo Mexicano, Jamaicano & Indonésio)
    2. Guano marítimo (incluindo o guano marítimo Peruano)


    • Resíduos Diversos/Adubo

    1. Humus de minhoca
    2. Humus de gafanhoto
    3. Fezes de tartaruga marinha/tartaruga de aquário
    4. Adubos vegetais


    2. Adubos de Animais

    Agora é hora de descrever os variados adubos e seus atributos únicos.

    Fezes de Pássaros – são tratados separadamente das fezes de animais, uma vez que as aves não excretam a urina separadamente, como fazem os animais. Por causa disso, fezes de pássaros tendem a ser mais ricas. Em geral, elas são muito mais ricas em nutrientes do que as fezes de animais, especialmente em nitrogênio. Por causa do alto teor de nutrientes, alguns cultivadores preferem merda de pássaros do que outras fezes de animais.

    Esterco de Galinha - (1.1 - 1.4 - 0.6) – é a merda de aves mais comum a fazendeiros. É rica em nitrogênio e pode facilmente queimar as plantas, a menos que seja previamente compostada. As penas (frequentemente incluídas no esterco de galinha) tendem a promover um aumento no nitrogênio disponível – um bônus adicional. Uma pequena quantidade de esterco de frango seco pode ser usado no topo do solo ou mesmo misturado ao solo em pequenas quantidades. Esterco de galinha, provavelmente, é melhor usado após completa compostagem. Eles geralmete são compostados junto com outros elementos, como materiais vegetativos, folhas, palha, sabugo de milho picado, ou outra conveniente fonte de carbonos orgânicos. Esterco de galinha é também um ingrediente comum em algumas receitas de composto de cogumelos. Uma preocupação recorrente para culivadores de camarões orgânicos é a ampla quantidade de antibióticos usado em aves domésticas, nas grandes instalações de produção. Também sugere-se que seja dada orientação para o manejo de fezes de galinha, seja fresca ou seca. Fezes de galinha seca são muito finas e também irritantes aos pulmões. O aviso de perigo também deve ser dado, uma vez que guanos de pássaros e morcegos podem carregar esporos que causam doenças respiratórias, portanto, use máscara ao lidar com guanos e resíduos de pássaros e morcegos.

    Esterco de Aves (1.1 – 1.4 – 0.6) – geralmente é apenas merda de galinha, misturada também com fezes de pássaros domesticados, incluindo patos, pombos e perús. São mais ricos do que as fezes de outros animais e geralmente podem ser tratados como merda de galinha.

    Esterco de animais variam em espécie e de como os animais são mantidos e as fezes coletadas. A urina contém uma grande percentagem de nitrogênio e potássio. Isso significa que animais que tem suas urinas absorvidas pelas fezes (palha ou camas similares), podem produzir compostos orgânicos mais ricos em nutrientes.

    Esterco de Gado (0.6 – 0.2 – 0.5) – são considerados “frios”, uma vez que são úmidos e menos concetrados que as outras fezes de animais. Eles se quebram e liberam nutrientes, vagarosamente. Merda de vaca é uma fonte especialmente rica em bactérias benéficas, por causa do complexo sistema digestivo bovino. A digestão da vaca inclui regurgitação (as vacas mastigam o que regurgitam) e uma série de processos estomacais são envolvidos para ajudá-las a digerir completamente o mato. Uma vez que as fezes da vaca são melhor digeridas, é mais provável que haja menos sementes nessas fezes em comparação a outras. Dependendo de sua localidade, muitas fontes de fezes de gado podem vir de vacas leiteiras. Um recente aumento no uso de hormônios de crescimento em bovinos para o aumento da produção de leite, certamente poderia se tornar uma preocupação para cultivadores orgânicos que procuram por fontes saudáveis de estrumes de gado. Quanto mais saudável a vaca e a sua dieta, mais nutrientes terão o seu adubo.

    Esterco de Cabra (0.7 – 0.3 – 0.9) – pode ser tratado de forma similar a merda de ovelha ou cavalo. São geralmente bem secas e ricas (entretanto, é melhor que sejam compostadas antes de usar).

    Esterco de Cavalo (0.7 – 0.3 – 0.6) – é mais rico em nitrogênio do que as fezes de suínos ou gado, portanto, é uma fonte rica. Fonte comum de esterco de cavalos é proveniente de estábulos rurais, onde os donos normalmente acomodam muito bem as suas feras. Esterco de cavalos de estábulos, entretanto, podem conter uma grande quantidade de outras matérias orgânicas, como aparas de madeira ou palha em sua mistura. Algumas fontes de compostos de cogumelos, contém uma grande quantidade de esterco de cavalo em sua mistura.

    Assim, de um ponto de vista, o uso de merda de cavalo para o cultivo de ervas já está bem documentado. Estrume de cavalo, por ser um bom recurso, deve ser compostado juntamente com outras fezes e materias com maior quantidade de carbono e em alguns casos, deve ser molhada para previnir que cozinhe quente e rápido demais, destruindo com isso, potentes nutrientes para plantas. Da mesma forma que ocorre com todas as diferentes fezes, animais saudáveis e bem mantidos irão produzir fertilizantes mais nutritivos e equilibrados. Uma vez que cavalos de estábulos geralmente são muito bem cuidados, isso significa que são fontes muito boas para os que procuram por merda. Infelizmente, a merda do cavalo também contém um elevado número de sementes, quando comparado a outros fertilizantes.

    Esterco de Porco (0.5 – 0.3 – 0.5) – é altamente concentrado ou esterco “quente”. É menos rico em nitrogênio em comparação ao cavalo ou a merda de pássaros, porém, mais forte do que várias outras fontes animais. Esterco suíno, de uma forma geral, normalmente é estocado mais úmido, do que outras fezes de mamíferos, sendo também estocado sob forma de dejetos líquidos, dominantemente aquosos. Quando em secagem, a merda de porco se torna uma poeira bem fina, podendo ser irritante aos pulmões. A merda do porco é mais incomum a apresentar queimaduras na pilha de composto, em comparação ao esterco de cavalo, mas é melhor utilizada quando misturada e compostada a outros estrumes e/ou com uma grande quantidade de matéria vegetal.

    Esterco de Coelhos (2.4 – 1.4 – 0.6) – é o mais quente de todos os estrumes animais. Ele pode até apresentar valores maiores em nitrogênio, do que alguns estercos de aves domésticas. Como bônus adicional, ele também contém percentagens relativamente altas de fosfatos. Por conta de seu alto valor de nitrogênio, fezes de coelho são melhor utilizadas em pequenas quantidades (como uma leve camada superior no solo ou levemente misturada ao solo) ou compostada antes do uso. Trata-se de um excelente fertilizante isolado, algumas pessoas o combinam com minhocas de fazenda para criar uma fonte muito potente e nutritiva de húmus de minhoca. Assim como em outras fezes de animais, aqueles mais saudáveis, alimentados sob dietas nutricionais, produzem um fertilizante superior em qualidade.

    Esterco de Ovelha (0.7 – 0.3 – 0.9) – é outro esterco “quente”, como o de cavalo ou de cabra. É geralmente alto em nutrientes e se aquece rapidamente em uma pilha de compostagem, porque contém pouca água. Esterco de ovelhas e carneiros, por serem mais leves, são mais fáceis de se lidar, em comparação a outros. Merda de ovelha, contém relativamente poucas sementes, mas possui um teor mais elevado de matéria orgânica do que outros estercos. Ressalte-se que, a criação de ovelha é comumente mais nociva ao meio ambiente do que outras criações de gado. Ovelhas possuem “lábios cortados”, o que as permite pastar bem rente ao chão, logo, tendem a arrancar a grama bem próximo as raízes. Isso faz com que muita grama seja morta, deixando a terra mais sucetível a erosões. Enquanto dificilmente considerada amigo do meio ambiente, o pastejo por bovinos é menos danoso ao solo em comparação ao pastejo por ovelhas.

  2. The Following 3 Users Say Thank You to The Lizard King For This Useful Post:

    Mandrix (11-24-2013),Tchulle (11-11-2013),Tricoma (11-10-2013)

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    3. Os Guanos

    Guano de Morcego

    “Há em Cuba um grande número de cavernas, fornecendo uma considerável fonte de ricos fertilizantes. Nessas cavernas, onde se abrigam morcegos, há fertilizantes acumulados, o verdadeiro guano, o resultado da mistura de excrementos sólidos e líquidos, a sobra das frutas que alimentaram os animais e suas próprias carcaças. Todos esses materiais, protegidos do sol, ar, chuva, formam uma mistura rica de elementos nitrogenados, carbonados e salinos. Eles contém ácido úrico, amônia, nitratos, fosfatos, carbonato de cálcio, sais alcalinos, etc. A grande quantidade de guano acumulada em algumas cavernas pode ser explicada pela grande quantidade de feras que se abrigaram por lá, a contar de tantos e tantos anos”.

    Fonte: Reinoso, Alvaro - "Ensayos sobre el cultivo de la caña de azúcar", ("Essays on sugar-cane cultivation"), Havana – 1862.

    Guano de morcego e morcegos marítimos, são uns dos mais incríveis, extraordinários, versáteis e naturais fertilizantes orgânicos cohecidos pelo homem. Eles não são considerados fontes renováveis e algumas fezes são danosas ao meio ambiente, portanto, alguns cultivadores conscientes, por vezes evitam o uso de guano.

    Guano de Morcego

    Guano de morcego é encontrado depositado em cavernas inabitadas, por esses pequenos mamíferos voadores. Merda de morcego também pode ser encontrada em menor quantidade, em outros lugares que morcegos habitam (construções antigas ou abandonadas, árvores, etc.). Guano de morcego possui diversos usos em horticultura. A sua presença pode ajudar a garantir uma eficiente regeneração do solo. Quando usado como fertilizante ou chá, merda de morcego promove uma colheita abundante e de alta qualidade, fazendo dele um incalculável fertilizante agrícola para produção de mercantes ervas orgânicas, frutas e vegetais. Vários dedicados cultivadores orgânicos insistem que guano de morcego proporciona o melhor sabor em ervas orgânicas. O ponto de partida se dá porque o guano possui várias excelentes propriedades, fazendo com que seja altamente valoroso para o cultivo de produtos orgânicos da mais alta qualidade. Também pode ser possível de se vangloriar do fato do guano de morcego ser “superior a todos os outros fertilizantes naturais”.

    Guano de morcego consiste, primitivamente, no excremento de morcegos (nenhuma surpresa, né?). Ele também contém os restos de morcegos que viveram e morreram nesse local, no transcorrer de muitos e muitos anos. Guano de morcego é normalmente encontrado em cavernas e os morcegos não são os únicos habitantes do local. Por esse motivo, guano de morcego certamente contém os restos e excrementos de outras criatuas, como insetos, ratos, cobras e (surpresa!) até de pássaros. E guano não é de forma alguma apenas excremento animal e restos de animais coletados, de forma que, à medida em que envelhece, sofre um complexo processo de decomposição e lixiviação.

    A qualidade fértil de qualquer guano fertilizante, dependerá de uma variedade de fatores. Isso pode incluir: o tipo de rocha na qual o guano se formou na caverna, os hábitos de alimentação da espécie de morcego que o produziu, a idade do guano e o progresso da mineralização no guano (o qual se submete a uma infinita transformação através de processos químicos e biológicos). Guano pode aparecer sob uma grande variedade de cores, incluindo o branco, amarelo, marrom, avelã, cinza, preto ou vermelho, mas a cor não é indicativo de influência em sua qualidade.

    Um dos fatores que podem determinar a qualidade fértil do guano de morcego, se dá nos hábitos alimentares de diferentes espécies que habitam a caverna. Alguns morcegos são vegetarianos, se alimentam essencialmente de frutas. Já outros são carnívoros, cuja dieta consiste em insetos e criaturas similares. À exemplo, a específica forma de nitrogênio no guano irá depender dos hábitos alimentares dos morcegos que vivem em cavernas. Morcegos que se alimentam de insetos excretam fragmentos de quitina, o componente principal do esqueleto de insetos. A quitina resiste a decomposição e contribui como fonte duradoura de nitrogênio, o qual aparece em vários depósitos de guano envelhecido. Obviamente que a quitina proveniente de restos de insetos digeridos, não é comumente encontrada em quantidades significantes no guano de morcegos comedores de frutas.

    Até mesmo a localidade da caverna irá afetar na decomposição do guano depositado. Diferentes reações químicas que ocorrem na caverna, farão com que o processo resulte em variadas características nutricionais, nos diversos guanos. Com o tempo, o guano se combina de várias formas com a rocha e os mineiras do alicerce de sua região. Ultimamente, minerais podem ter sido depositados em camadas de guano sob uma variedade de formas. Minerais que foram dissolvidos com a filtragem da água, através de poros de rocha no teto, podem fortificar os depósitos de guano, à medida em que a água goteja pelas fendas na rocha da caverna. Nelas, onde a água passa pelo guano, elementos solúveis são retirados, fazendo com que a composição do guano se altere de várias formas.

    Além dos minerais depositados no guano por lixiviação, outro fator na composição do guano ocorre com a enorme quantidade de partículas que se desprendem do teto e paredes da caverna, onde dormem e hibernam os morcegos. Com a queda de seu excremento líquido entre paredes sob alta pressão, combinado a presença física dos morcegos, que constantemente voam pela caverna, ambos contribuem para causar erosão. Reações químicas ocasionadas pelo escremento do morcego (assim como diversos processos naturais que ocorrem na caverna), também trabalham para a quebra do teto e paredes. Todos esses fatores resultam em uma chuva invisível e momentânea de partículas sólidas minerais. Todas essas partículas minerais são misturadas a abundante quantidade de excremento de morcego (e outras matérias) depositadas ao chão. Como resultado, guano de morcego possui uma ampla gama de fonte, imediatamente disponíveis às plantas, chamados de quelatos.

    Outro grande componente de depósito de guano de morcego são os microorganismos que trabalham no processo de decomposição. A sua função principal é acelerar o processo da quebra de matéria orgânica no guano. Essas bactérias benéficas trabalham para aumentar o teor de elementos essenciais no guano, bem como podem prover os seus próprios benefícios ao solo, ao agir como inoculantes.

    Uma vez depositado o guano de morcego, inicia-se um interminável processo de transformação. De depósitos frescos, o nitrogênio é o elemento essencial que normalmente é primeiro liberado. Ele é parcialmente amônia, com característico cheiro forte, sendo onipresente em guano fresco. O restante do nitrogênio se oxida e forma nitratros, que são frequentemente dissolvidos e lixiviados pela água. O fósforo contido no guano é oriundo, em partes, do excremento do morcego, porém, geralmente vem de restos de esqueleto (e também de elementos minerais contidos na caverna). À medida em que envelhecem, vários processos de decomposição trabalham para concentrar os níveis de fósforo nos depósitos de guano, proporcionando um dos guanos mais ricos para cultivadores. Potássio é frequentemente o último dos representantes dos três macroelementos essenciais, devido a solubilidade de seus componentes, os quais são comumente lavados dos depósitos de guano, através de processos naturais.

    Durante a decomposição, a proporção atual dos diferentes componentes férteis do guano se alteram. Conforme o guano se quebra, os níveis de matéria orgânica, nitrogênio e potássio irá reduzir. Ao mesmo tempo, os níveis relativos a cálcio, fosfatos, areia e barro, irão se elevar. O excremento atual e os restos de morcego são as principais fontes dos principais elementos, nitrogênio, fósforo e potássio. Os componentes orgânicos no excremento contém enxofre, fósforo e nitrogênio. Após decomposição e oxidação, eles se combinam e formam ácidos sulfúrico, fosfórico e nítrico.

    Com o passar do tempo, esses ácidos reagem com elementos minerais de rochas na caverna para formar uma variedade de sais minerais – incluindo sulfatos, fosfatos e nitratos. A lixiviação retira a maioria dos componentes, incluindo nitratos, sódio e potássio. Ao mesmo tempo, os sulfatos e fosfatos insolúveis são criados em largas proporções. Isso inclui fosfato de cálcio, fosfato de ferro, fosfato de alumínio e sulfato de cálcio.
    Como já dito, guano de morcego é um fertilizante ecológico, obtido naturalmente de excrementos e restos físicos de morcegos que habitam cavernas. Esse produto é rico em nutrientes, superando a todas os outros fertilizantes orgânicos com um maior equilíbrio de nutrientes essenciais (N-P-K), com o bem estar de micro organismos e com níveis bem mais elevados de matéria orgânica. Sua composição química e biológica varia de acordo com o hábito alimentar dos morcegos, com o tipo de caverna, com a idade do guano, etc.

    Uma grande variedade de análises agroquímicas têm sido feitas em guano de morcegos no transcorrer dos anos. Todas as diferentes análises demonstram que o conteúdo de nutrientes e microorganismos em guanos de morcego são elevados, mas variam de acordo com o tipo de guano. Devido a decomposição química, física e biológica do guano de morcego (e outros fertilizantes orgânicos), ele naturalmente irá variar, sendo impossível delimitar um valor específico para cada nutriente. A tabela abaixo foi extraída de pesquisas na Internet, sendo um resumo da variedade de resultados obtidos através de análises com guano de morcego.

    Fonte: Malagón, Páez Omar – janeiro, 2004


    Total de Nitrogênio (N) 1.00-6.00%
    Óxido Fosfórico (P2O5) 1.50-9.00%
    Óxido Potássico (K2O) 0.70-1.20%
    Óxido de Cálcio (CaO) 3.60-12.0%
    Óxido de Magnésio (MgO) 0.70-2.00%
    Ferro (Fe) 0.70-1.50%
    Cobre (Cu) 0.20-0.50%
    Óxido de Manganês (MnO) 0.40-0.70%
    Zinco (Zn) 0.40-0.65%
    Sódio (Na+) 0.45-0.50%
    Matéria orgânica (OM) 30-65% pH (in H2O) 4.3-5.5
    Taxa C/N 8-15/1
    Umidade (Hy) 40-30%
    Extrato húmico total 25-15.00%
    Flora microbiana 30 - 45x107 u.f.c./ gr

    Observação: Esses valores nem sempre são uniformes, mas estabelecem informações úteis para cálculo de dosagem de nutrientes ou microorganismos e análise de propriedade físicas de produtos para uso em agricultura ou industrial. Esses indicativos são para guano intermediário, em estado natural de transição entre guano fresco, envelhecido e fossilizado.

    Fonte: Malagón, Páez Omar – janeiro, 2000

    Guano de aves marítimas contém uma percentagem equivalente de nutrientes vegetais, ajuda na fixação de particulas no solo, de nitrogênio e aumenta grandemente as bactérias benéficas. Um grande conjunto de nutrientes, com uma baita história. O mais famoso de todos os guanos marítimos, foi usado pelos Incas. Na verdade, a palavra guano é de origem Quichua, lingua oficial da civilização Inca, que significa “o excremento de aves marítimas”. O guano era coletado nas ilhas com menos chuva e na Costa do Perú, onde as condições ambientais, garantem a mínima perda de nutrientes. Guano de aves marítimas pode ser utilizado como reforço ao solo ou como chá, a 1-2 colheres de sopa por galão. Por conta de seu NPK equilibrado, seus nutrientes são em média 10-10-2.5, podendo ser usado como base para o chá, durante o cultivo.


    4. Adubo Vegetal

    É cultivado com o propósito de fornecer ao solo, nutrientes e matéria orgânica. É chamado de cobertura vegetal, quando adicionado com o propósito de reduzir a erosão do solo. Adubo vegetal, geralmente são leguminosas ou gramíneas. A cobertura vegetal certamente possui custo/benefício para fazendeiros de larga escala, mas muitos jardineiros domésticos não têm idéia da simplicidade e efetivdade de seu uso. E como dito anteriormente, eles oferecem uma opção de adubo para aqueles que escolheram o vegetarianismo.

    O adubo vegetal aprimora o solo em uma variedade de formas. Ele adiciona quantidades significantes de matéria orgânica ao solo. Como os adubos de animais, a decomposição do adubo vegetal favorece a atividade microbiana do solo. Ele pode diminuir a frequência de ervas daninhas e quando usado em culturas rotativas, pode diminuir doenças e pragas. Quando usado sobre o solo, a vegetação ajuda na população bacteriana benéfica. À medida que os decompositores trabalham, nutrientes são estocados pela cobertura vegetal e retornam novamente ao solo.

    Raízes de alfafa, frequentemente crescem por 1.5m de profundidade ou mais, feijão e cobertura vegetal podem quase sempre alcançar a mesma profundidade. Uma vez que as suas raízes vão mais fundo do que comumente as pessoas cultivam com arado ou enxada, o adubo vegetal pode levar minerais ao subsolo, onde até mesmo plantas de raízes não profundas podem alcançá-los. Adubo vegetal também ajuda a melhorar a estrutura geral do solo, porque essas profundas raízes, deixam para trás pequenas partículas no solo. Quando essas raízes apodrecem, elas provém matéria orgânica que promove um duradouro construtor de solo.

    Excetuando-se o trigo sarraceno (um membro da família Polygonaceae) e a colza ou couve-nabiça (relacionada ao repolho), todos os comuns adubos vegetais são legumes ou gramíneas. Centeio e aveia são dois bons exemplos de membros da família gramínea, comumente usados como adubo vegetal. Quando pensamos em legumes, feijão e ervilha são os clássicos que vem a mente, mas a família de legumes também inclui parentes como a couve-nabiça ou a alfafa. Membros da família leguminosa podem ser especialmente valoroso em termos de adubo vegetal, devido a sua habilidade de fixar o nitrogênio do meio ambiente.

    Na família leguminosa, um tipo específico de bactéria tabalha em aliança com as raízes das plantas. Esses microorganismos, chamados de bactéria fixadoras de nitrogênio, formam nódulos nas raízes das plantas, onde trabalham em parceria com seus convidados. Funcionando em conjunto com as raízes das plantas, essas bactérias transformam o nitrogênio do meio ambiente(o qual não pode ser usado pelas plantas), em amônia, podendo assim ser absorvido facilmente pelas raízes.

    Se uma dessas plantas é desenraizada, os pequenos nódulos se tornam visíveis como um inchaço branco ou rosa, do tamanho de uma cabeça de alfinete. Quantos mais nódulos forem visíveis, melhor, pois quanto mais nódulos, mais nitrogênio fixado. Para assegurar que bactérias suficientes estejam presentes, sementes de legumes comerciais são constantemente tratados como um inoculante bacteriano. Certifique-se de conseguir o inoculante apropriado para a sua safra leguminosa específica, se for necessário inocular o seu próprio solo ou estoque de sementes leguminosas.

    Cada tipo de legume requer uma espécie específica de bactéria para uma efetiva fixação do nitrogênio e cada inoculante trablha apenas para poucas espécies. Geralmente é possível comprar uma mistura inoculante, projetada para todas as sojas, ervilhas ou feijões. Soja em grãos irá requerer o seu próprio inoculante específico. Um inoculante totalmente diferente é necessário para atender as necessidades das ervilhacas, assim como dos grãos de fava. Assim como uma outra bactéria fixadora de nitrogênio irá funcionar com todos os trevos (família das leguminosas), mas trevos de sabor doce irão requerer um outro inoculante.

    Com uma gestão cuidadosa, uma cultura com cobertura leguminosas pode enriquecer o solo com nitrogênio suficiente para os anos seguintes. Legumes comumente usados para cultura de coberturas, incluem alfafa, fava, feijão verde e grãos de soja; uma grande variedade de trevos, ervilhas, ervilhas de campo; ervilhaca comum ou peluda, tremoço e, finalmente, o nome de nossa favorita entre as culturas de cobertura leguminosa – o cornichão.

    Embora as gramíneas e outras não leguminosas não tenham a habilidade de fixar o nitrogênio do meio ambiente, eles ainda fornecem todos os outros benefícios de um adubo vegetal. Outras safras não leguminosas cultivadas para cobertura vegetal, inclui cevada, trigo mourisco, painço, aveia, canola, centeio de inverno, azevém, sorgo e trigo.

    Sementes para cobertura vegetal e adubo vegetal não precisam ser de pequenos e extravagantes pacotes, à venda no mercado de jardinagem. Adquira sementes gramíneas e leguminosas à granel para economizar, caso possível. Casas de horticultura geralmente possuem os recursos mais econômicos. Se a sua área for pequena, 40 gramas de sementes já será suficiente. Com as menores sementes, essa quantidade irá render um bom par de plantações. As sementes maiores de legumes, como feijão e ervilha não são bem estocados, portanto, é advertido que sejam adquiridas frescas anualmente.

    O uso de adubo vegetal e de cobertura vegetal é relativamente simples, a necessidade principal é o prazo para desenvolver as plantas. Um pouco de planejamento sempre ajuda a se ter certeza de que a safra correta é selecionada para melhor satisfazer as necessidades do cultivador. Por exemplo, se enriquecer os níveis de nitrogênio no solo for um objetivo, então é melhor que se escolha uma cobertura vegetal da família leguminosa, devido a sua habilidade de fixar nitrogênio.

    Alguns adubos vegetais toleram solo de baixa qualidade melhor do que outros, portanto, algumas coberturas vegetais podem ser escolhidas porque toleram condições particularmente ácidas ou alcalinas. Se um cultivador precisa quebrar um solo compacto e melhorar a drenagem, algumas culturas de cobertura são bastante fortes e possuem raízes profundas. Tais condições clamam por adubo vegetal, como alfafa e cornichão, pois podem confiar em suar raízes para tudo, até mesmo para o mais mortal dos solos compactados.

    Como mencionado anteriormente, plantas de raízes profundas também podem levar nutrientes essenciais ao subsolo e algumas delas fazem ainda mais, acumulam nutrientes, concentrando-os. Cultivar esses adubos vegetais pode produzir um mensurável (embora não seja muito elevado) aumento de nutrientes no solo. Alguns legumes, especialmente o trevo vermelho, podem contribuir para o aumento dos níveis de fósforo. Trigo sarraceno também aumenta o fósforo, assim como ajuda a suplementar o cálcio. As ervilhacas também são plantas acumuladoras, colaborando para o reforço dos níveis de cálcio e enxofre.

    Trigo sarraceno e centeio são exemplos de culturas que geralmente são cultivadas como adubo vegeal, que funcionam para o controle de ervas. Centeio de inverno é na verdade, um herbicida natural; ele produz químicas que são tóxicas a muitas sementes de ervas. Trigo sarraceno serve para encobrir o crescimento de seus competidores. As suas folhas maiores efetivamente encobrem muitas ervas comuns.

    Também é necessário que se considere as necessidades sazonais de seu jardim ao planejar plantar o seu adubo vegetal. Alguns adubos vegetais são culturas de baixa temporada, enquanto outros se dão melhor quando plantados durante o calor do verão. Centeio e trigo de inverno são geralmente plantados no final do verão ou outono e depois são revirados e misturados ao solo, na primavera.

    Outra chave para se conseguir extrair o máximo da plantação de adubo vegetal é revirá-lo em momento apropriado. Coberturas vegetais de inverno, por exemplo, devem ser reviradas, tão logo o solo na primavera esteja seco o suficiente para trabalhar. O trigo é melhor revirado no inverno, permitindo pelo menos duas semanas para o adubo vegetal trabalhar no solo, antes de dar início a qualquer plantio na primavera.

    De forma a garantir boas taxas de germinação, é necessário esperar ainda mais para o centeio de inverno ficar pronto para ser replantado. Uma espera de três a quatro semanas é sugerida após revirar o centeio de inverno, antes de semear uma outra cultura. Isso acontece, devido a mesma qualidade herbicida que faz o centeio de inverno ser efetivo no controle de ervas. Em geral, com a maioria das culturas gramíneas de cobertura, o melhor momento para revirá-los é quando formam sementes maduras.

    Revirar legumes a qualquer momento irá aumentar a matéria orgânica no solo e promoverá uma população ativa de bactérias benéficas ao solo. Mas, para se conseguir todos os benefícios eles devem ser cultivados por toda uma temporada. Os perenes como alfafa, trevo vermelho e cornichão, podem produzir enriquecedores de nitrogênio adicionais, se for possível que sejam cultivados por uma segunda temporada. Se for permitido que crescam por dois anos, eles podem ser cortados múltiplas vezes, provendo uma elevada fonte de adubo ou de matéria vegetativa para cobertura. Uma cobertura de alfafa pode servir como fonte própria de materiais frescos para o jardineiro, para a produção de chás de alfafa.

    Sobras e adubos diversos.

    1. Húmus de minhoca
    2. Humus de Gafanhoto
    3. Restos de aquário


    5. Encontrando adubo

    Como mencionamos anteriormente, um dos melhores motivos para o uso de adubo em cultivo é pelo fato da sociedade(de forma geral) produzir um excedente de merda de animal. A eliminação ou dispersão de resíduos animais é um problema real em áreas onde grandes operações agriculturais produzem copiosamente um excesso de desperdício. Até mesmo os vegetarianos que evitam produtos de orgiem animal, como farinha de osso ou farinha de sangue, deveriam considerar usar adubos animais, porque o seu uso será benéfico ao meio ambiente de nosso planeta.

    O melhor conselho que poderíamos dar para encontrar bons recursos de merda é olhando a seu redor! Sugerimos que contate pessoas que criam vacas, cavalos, porcos ou galinhas que produzem esses fertilzantes. Se você tiver sorte, eles provavelmente deixarão que você leve de graça um pouco para a sua casa. Estábulos são geralmente elencados na lista telefônica, circos e feiras estaduais podem servir como grande fonte de merda grátis. Para o cultivador urbano sem esperança, o zoológico local poder oferecer merda grátis. Somando-se a isto, os zoológicos podem oferecer merdas bem exóticas, como merdas de criaturas como leões, tigres e ursos (meu Deus!). Uns dizem que o adubo de espécies predadoras, como estes, podem ajudar a deter pragas de jardinagem, como coelhos e veados.

    Se nenhuma dessas fontes estiver disponível ou se você simplesmente preferir que a sua merda já venha embalada, apenas se dirija a um viveiro local ou a uma loja de jardinagem. Hoje em dia, até mesmo as mercearias vendem produtos como húmus e adubo ou compostagem de cogumelos. O consumidor que economiza, pode até mesmo aguardar até o final da temporada, quando as lojas estão se livrando de seus produtos para o inverno, para conseguir esses itens com desconto.

    Lojas de jardinagem ou de hidroponia, normalmente são melhores recursos para ingredientes mais exóticos como húmus de minhoca e variedades de guano de morcego e pássaros. Ingredientes para adubo vegetal podem frequentemente ser encontrados em lojas de ração animal ou outras lojas agrícolas similares.


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    Os mais sinceros créditos ao amigo OLEITOR pelo guia !

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    Post Fertilização Organica - Guia do Guano ! Parte 3

    GUANO: EL MEJOR FERTILIZANTE DEL MUNDO

    El guano de murciélagos es hoy uno de los fertilizantes naturales más populares. Ningún otro abono posee sus casi mágicas propiedades, ya que contiene todos los elementos esenciales para el desarrollo de plantas sanas y bellas.

    Las antiguas civilizaciones cuidaban celosamente los depósitos de guano, existiendo en algunos casos la pena de muerte para quienes ocasionaran disturbios en ellos.

    El guano de los murciélagos insectívoros tiende a ser muy rico en nitrógeno, por lo que promueve un fuerte desarrollo en las plantas que lo reciben. El guano producido por murciélagos frugívoros es más rico en fósforo. Además ambos tienen elementos traza y microorganismos beneficiosos, entre ellos algunos, llamados biorremediadores, que limpian toxinas por lo que son especiales para tratar suelos que están en transición de prácticas químicas a orgánicas. También poseen propiedades funguicidas y nematocidas.

    El guano de los murciélagos puede ser utilizado con seguridad tanto al aire libre como en interiores. Es beneficioso para todos los vegetales: hierbas, ornamentales, flores, árboles frutales, etc. En los últimos años, el uso de "té" de guano de murciélagos está siendo usado exitosamente en cultivos hidropónicos, como una alternativa a los nutrientes químicos.

    Se recomienda aplicar el guano durante la temporada de desarrollo de las plantas. No necesita ningún tratamiento especial, puede diluírselo en agua caliente o simplemente mezclarlo con la tierra y luego regar en forma abundante. En cuanto a las cantidades a utilizar, se calcula un kilo de guano por 30 metros cuadrados de suelo. Para plantas en macetas, de acuerdo al tamaño de las mismas, una a dos cucharadas por planta.

    Lic. Mirta Carbajal

    GUANO: UN REGALO DE LOS MURCIÉLAGOS PARA LOS JARDINEROS

    Sara Keleher

    El guano de los murciélagos ha sido utilizado por agricultores de distintas regiones por cientos de años. En el siglo XV los Incas del Perú valoraban tanto al guano de cualquier origen que el castigo a quienes dañaban a los animales que lo producían era la muerte. Durante los últimos años del siglo XIX en EE.UU. el guano originado por los murciélagos era tan valioso para los granjeros que el gobierno ofrecía tierras gratis a todos aquellos que descubrieran depósitos de guano.

    El guano fue algo olvidado cuando los fertilizantes químicos se transformaron en la opción para nutrir a las plantas, pero siempre fue apreciado por quienes practicaban cultivos orgánicos. Ahora que los riesgos de los productos sintéticos son ampliamente conocidos, más y más agricultores están dándose cuenta que este fértil abono es verdaderamente uno de los tesoros que la Naturaleza nos brinda.

    Es una alternativa real frente a estantes llenos de productos químicos, capaz de servir como fertilizante para plantas, constructor y purificador de suelos, fungicida, nematocida y activador del compost. Estas afirmaciones están avaladas por incontables experiencias de agricultores que “juran por el guano”

    El guano de murciélagos puede ser utilizado en forma segura tanto en plantas de interior como al aire libre, y beneficia a legumbres, hierbas, flores, plantas ornamentales y árboles frutales. Contiene un 10% de nitrógeno, 3% de fósforo y 1% de potasio. El alto contenido de nitrógeno es el responsable del saludable color verde de las plantas y de su rápido desarrollo luego de la aplicación. El fósforo promueve el desarrollo del sistema de raíces y el potasio estimula el desarrollo de fuertes tallos.

    Además de estos tres nutrientes principales, el guano contiene todos los elementos traza necesario para el crecimiento completo de los vegetales. A diferencia de los productos químicos, el guano no contiene “rellenos”. Y mientras la mayoría de los fertilizantes artificiales son lavados del suelo rápidamente luego de aplicados, el guano permanece mucho más tiempo enriqueciendo el suelo y nutriendo lentamente a las plantas.

    También se ha comprobado que el guano de murciélagos “hace maravillas” como constructor de suelos y puede usarse todo el año para mejorar su textura y riqueza, ayudando a compactar el suelo suelto o a aligerar los suelos pesados. Quienes lo han utilizado, siempre informan que los beneficios de un solo tratamiento pueden aún verse 3 o 4 años después.

    Como el guano es rico en microbios bioremediantes que limpian sustancias tóxicas, también es muy usado como purificante en los cultivos en transición de prácticas químicas a orgánicas. Esos mismos microbios combaten a los hongos si se los rocía directamente sobre las hojas.

    Finalmente el guano de murciélagos también contiene poderosos microbios descomponedores que ayudan a controlar a las enfermedades del suelo y a los nematodes perjudiciales, acelerando asimismo el proceso de descomposición.

    El ciclo del guano comienza cuando las plantas son comidas por los insectos, que a su vez son comidos y digeridos por los murciélagos, que depositan sus heces en el piso. Allí comienza un proceso llevado a cabo por escarabajos y microbios descomponedores que convierten las heces en uno de los más perfectos fertilizantes que se conozcan.

    SIETE FORMAS DE USAR EL GUANO

    1- Fertilizante: 10-3-1 NPK
    2- Constructor de suelos: mejora la textura y riqueza.
    3- Tratamiento para césped: promueve el desarrollo y le da color saludable.
    4- Limpiador de suelo: microbios bioremediantes ayudan a limpiar residuos tóxicos.
    5- Fungicida: combate los hongos en tratamientos foliares.
    6- Nematocida: microbios descomponedores ayudan a controlar los nematodes.
    7- Activador del compost: microbios descomponedores dinamizan los procesos de compostaje.


    Traducido y adaptado de Bats Magazine 1996, 14 (1): 15-17.

    http://www.barbastella.org/guano.htm

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    Post Fertilização Organica - Guia do Guano ! Parte 4

    Guano

    Em 32 anos que eu cultivo a mais sagrada das plantas,eu tentei todos os tipos de alimentos para plantas,de Miracle Gro to 10-52-10 com todos seus metais pesados.Eu não encontrei nada que bate o gosto,tamanho da colheita ou potencia que o guano dá.Ele é 100% orgânico.Este é meu aditivo favorito.

    Nada faz a cannabis ter um sabor e funcionar melhor que guano.Eu testei todos os alimentos conhecidos que tem por ai e não achei nada mais orgânico ou efetivo que o guano.O que eu mais gosto de usar é o Guano-Kalong 2-15-2 guano em pó com alto teor de fósforo.Outro bom produto é o Budswel. O gosto que a cannabis adquire usando este guano é frutado e limpo.O gosto fica na sua boca por pelo menos 5 minutos depois de terminar o baseado. Existe um novo produto da America que eu realmente gostei também;é chamado de Budswel da The Guano Company.Budswel é feito com humos de minhocas e guano de ave marinha e morcego e se mistura na água em um flash.Ele pode ser usado para hidropônico ou solo.Eu comecei a aplicar na terceira semana de floração quando os buds estão começando a ficar brancos. Se o Budswel é usado ao invés de Guano Kalong,eu misturo 35 mililitros de Busdwel para 10 litros de água com um pH de 6.0.Eu então dou para as plantas toda a vez que rego.Existe uma diferença notável nos buds dentro de 3 ou 4 dias;eles estão mais vibrantes e grudentos,e com o passar do tempo o aroma se torna intoxicante.Algumas vezes quando eu entro na sala e passo por algumas plantas eu me sinto chapado apenos com o cheiro.Canna Bio-Flores é um alimento orgânico para floração com um NPK de 2.5-2.5-5.E um ótimo produto para esta fase do crescimento.Eu dou para as plantas 2 vezes por semana desde a 4 semana ate as plantas estarem a 3 semanas de terminar.Minhas plantas amadurecem na 10 semana aprox.,então eu dou a elas chá de guano e alimento de floração ate a 7 semana.

    Eu gosto de dar nas minhas plantas um bom flush com água por 2-3 semanas antes da colheita.O flush não é nada alem de dar apenas água para as plantas.Isso leva qualquer gosto de alimento excessivo embora da maconha assim a única coisa que você vai sentir o gosto e a maconha. E importante não regar suas plantas muito freqüentemente,mas especialmente nas ultimas semanas.As raízes precisam secar um pouco para que elas possam acessar o ar.Muita água no final,pode causar mofo nos buds,o que é a ultima
    coisa que um cultivador pode querer que aconteça com sua premiada colheita.A água deve ter o pH ajustado para 6.0 para um bom flush.Plantas que tiveram um flush bem feito tem um gosto muito melhor.Eu dou muito pouca água na ultima semana,por que a planta não usa muita.

    Traduzido do livro Organic Marijuana Soma Style
    Última edição por Mr.Ganja; 11-08-2013 às 11:26.

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    Post Fertilização Organica - Guia do Guano ! Parte 5

    El murciélago: un arquero en peligro
    18/01/2011 . Autor: Revista Vinculando

    Un solitario arquero colgado del techo de la cueva llama a su hembra… amanece, pero afuera ya no hay sino páramos desiertos, no crece el maguey pulquero, las peñas están desnudas, los cactus, crasulas y amarilis se han ido, las tunas, las pitayas, los pitires y el gigantesco amate han huido de la tierra, se han ido para siempre y la pequeña esfíngida, su eterna compañera que bebía asiduamente las aguamieles silvestres en su habitual taberna , desapareció, nadie sabe donde se encuentra… si es que aún se encuentra.
    A.Vaca

    El guano de murciélago

    Existen procesos ecológicos silenciosos, que se deslizan imperceptibles como serpientes en las rocas, ausentes al ojo y al oído, en los días (que son noches en el interior de las cavernas), la naturaleza cocina un raro biofertilizante; producto de la descomposición y mezcla de las heces fecales, orina de murciélagos, desechos de insectos coprófagos y coprófilos, bacterias, algas, hongos, nemátodos, minerales, virus, micoplasmas y cadáveres infantiles de pequeños murciélagos que tienen la desgracia de caer en apilos infestados de tenebriónidos que esperan ansiosos la caída de alguna cría o de algún viejo enfermo que se desprende del techo de la cueva para ser devorado hasta el hueso en solo minutos. Al final, el guano, no es sino un proceso en movimiento, en constante transformación, en el cual la vida continúa durante largo tiempo hasta convertirse a sales minerales: nitratos y fosfatos mezclados en los sedimentos más bajos y generalmente encontrados en el piso de las cuevas, a estas sales podemos llamarle guano fósil.

    El guano de murciélago, no es por tanto sólo el excremento y orina de los murciélagos, sino el producto de un proceso dinámico, en el cual participan diferentes especies organizadas en una compleja red trófica cobijada por la oscuridad de las cavernas y como todo proceso biológico, esta red alimenticia es influenciada por el oxígeno, el agua, la temperatura interior en los diferentes recintos, las fuentes de energía disponibles en forma de materia orgánica, los minerales presentes en las cavernas (algunos pueden ser radiactivos), las mezcla de gases propios de las cavernas, .-generalmente amoniaco, metano y bióxido de carbono, emitidos por los propios murciélagos y por los procesos respiratorios de los pequeños cavernícolas representados por la meso y microfauna coprófila de estos sitios .- y en casos raros ácido sulfhídrico que se origina de la descomposición de materia orgánica en condiciones anaerobias o con escasa oxigenación, entonces…

    Que es el guano de murciélago?

    El guano de murciélago es un producto órgano-mineral, producto de la mezcla de materia orgánica (heces fecales de murciélagos) y minerales propios del techo y paredes de las cavernas, es un producto que tiene también una fase biótica (no solo por su origen), es decir contiene una miríada de organismos, principalmente hongos y bacterias que se alimentan de materia orgánica, la mayoría no dañinos, sin embargo puede traer algunos que potencialmente son un riesgo para la salud humana, sobre todo algunos hongos como Histoplasma y Aspergillus, los cuales pueden ocasionar histoplasmosis y aspergilósis en personas que tienen el sistema inmune deprimido (defensas bajas) o que nunca han tenido contacto con este tipo de hongos (estas últimas pueden desarrollar solo algún problema temporal de tos y sanar, siempre y cuando su sistema inmune sea fuerte). Como dato alentador cabe señalar que aproximadamente el 75% de nuestra población, ya ha tenido contacto con este tipo de hongos y ha desarrollado resistencias (estos hongos sobre todo Aspergillus vive en nuestras casas, panes y comidas e Histoplasma se reproduce en estiércol de aves: gallinas y palomas), sin embargo existe un 25% que habrá que cuidar.

    Comentaba anteriormente, que el guano tiene una fase biótica, la cual desde mi punto de vista es la de mayor importancia. Podemos imaginar ¿que tipo de microorganismos son capaces de cumplir sus ciclos vitales en condiciones de alta temperatura y humedad relativa de un 80 a 90%, donde hay metano, amoniaco, bióxido de carbono y muy poco oxígeno?, ¡Sí! Las bacterias y las Archeas.- y quizá si conservamos estos ecosistemas habitados por estas exóticas especies cavernícolas, algún científico nos podría sorprender con el hallazgo de bacterias que comen o producen hidrocarburos tan necesitados por la siguientes generaciones. Como sabemos estas tendrán que pasar por la madre de todas las crisis y todos los desastres naturales con sus consecuencias y secuelas: la crisis energética y la crisis por agotamiento de las reservas mundiales de fósforo, la crisis alimentaria y social producto del inminente agotamiento de los recursos naturales y la sexta extinción masiva de especies en nuestro planeta.

    Para la agricultura orgánica es alentador saber que particularmente en el guano de murciélagos insectívoros se han encontrado bacterias capaces de producir grandes cantidades de amoniaco y como sabemos el amoniaco es precursor de nitritos que luego son convertidos a nitratos (el proceso de amonificación a nitrificación es producido también por bacterias del suelo).

    ¿Entonces, hay diferentes tipos de guano de murciélago?
    La respuesta es sí.

    Hay diferentes tipos de guanos, como cavernas, especies y sitios en los cuales habitan las poblaciones de murciélagos, aún siendo de la misma especie la composición, física, química y biológica puede variar enormemente, pongamos por ejemplo el caso de una población que habita una dura cueva de granito y otra que tiene una terrosa cueva de apatita (fosfato tricálcico). Ambas poblaciones son murciélagos que se alimentan de una misma fuente alimenticia, insectos que son su platillo favorito y ambos sitios de caza y alimentación se encuentran en el desierto, ambas poblaciones provienen de una colonia que se dividió en dos y tienen la misma cantidad de individuos, colonizaron ambas cuevas simultáneamente, así que ambas colonias tienen las mismas oportunidades de cazar las mismas cantidades de insectos, sin embargo hasta aquí terminan las similitudes entre una y otra colonia. La colonia que eligió la cueva de granito, es húmeda se cuelan gotas de agua entre pequeñas grietas, en tanto la colonia que eligió la cueva de apatita tiene mejor confort, es seca y no tiene goteras.

    Ha pasado un año, volvemos curiosos a visitar ambas poblaciones, queremos saber que diferencias hay entre los guanos de ambas y para ello tomamos muestras de los cúmulos de guano (claro entramos con linternas de leds y mascarillas con doble filtro de carbono), que se encuentran directamente debajo de las colonias; las observamos y visualmente se notan coloraciones distintas, el guano que proviene de la cueva de granito es consistente, granulado, café y reluce con brillos aúreos bajo la luz del sol, estos brillos son el desecho de los esqueletos de insectos de los cuales se alimentaron a lo largo de un año.

    Por el contrario el guano proveniente de la cueva de apatita (Fosfato tricálcico) es café-rojizo, menos granulado, más seco, con apariencia terrosa, sin embargo también posee un brillo similar al producido por la colonia de granito, hasta aquí una pocas diferencias visuales, pero… ¿cuáles serán sus diferencias en pH y contenidos de N, P, K, Ca, Mg, S y demás micro elementos?

    Llevamos nuestras muestras al laboratorio, esperamos una semana, pagamos nuestros análisis, los recibimos y empezamos a leer los resultados:

    *Muestra 1. Guano de la colonia de granito: pH ácido (5.0), N alto, P bajo, K medio, Ca bajo, S alto, Mg medio, otros Mn, Fe bajos.
    *Muestra 2. Guano de la colonia de apatita. pH (6.2) ligeramente ácido, N medio, P alto, K medio, Ca alto, S bajo, Mg medio, etc.

    Porqué hay menos N (nitrógeno), más P (fósforo) y más Ca (calcio) en la muestra 2? Además esta muestra es ligeramente ácida (6.2), ¿Por qué?… para entender los procesos ocasionados por dos pequeñas variables regresemos al punto de partida:

    La cueva 1, la de granito es dura, sin embargo hay humedad, esto ocasiona que el agua reaccione con el bióxido de carbono producto de la respiración de los murciélagos formando ácido carbónico, este ácido ataca los techos de la caverna y produce algunos carbonatos con sales de magnesio o manganeso, por otra parte el amoniaco que se genera en la descomposición del guano reacciona con el agua para formar ácido nítrico, este ácido proporciona la acidez que refleja el pH (5.0) y un mayor valor por ende de nitrógeno, es decir tenemos un guano rico en nitrógeno, pero bajo en fósforo y calcio.

    La cueva 2, la de apatita, es rica en fósforo y calcio, este mineral se desprende del techo más blando de la cueva, se mezcla con el guano, no hay humedad y consecuentemente tenemos pérdida de nitrógeno amoniacal (de hecho esta caverna huele muy fuerte a amoniaco) tenemos un guano con pH más alto, más bajo en nitrógeno, pero alto en fósforo y calcio (ya que la apatita es un mineral rico en fósforo y calcio, aunque también suele tener flúor). Con las mismas poblaciones, la misma especie, el mismo ecosistema de caza agregando dos pequeñas variables (humedad y techo mineral distinto) tenemos así un ejemplo de lo variable que puede ser el guano en sus contenidos físicos y químicos.

    En resumen, cada caverna, cueva, covacha o cobertizo en el cual se instala una colonia de murciélagos, se comporta como un individuo y las calidades químicas, físicas y biológicas del guano que se produce en estos refugios o zonas de cría serán diferentes y las diferencias están influenciadas por: la especie de murciélago, la humedad, temperatura, composición mineral de las cavernas, composición atmosférica interna y tipo de biota que se desarrolla en las variadas y complejas condiciones que se determinan por la interacción de estas variables.

    La variada y compleja composición de los guanos

    La composición de un guano fresco, en primera instancia está determinada por sus hábitos alimenticios y por la disponibilidad de alimento, para uso agrícola se han utilizado los guanos (por ser más abundantes) de murciélagos fruteros e insectívoros, raramente se utiliza (por ser más escaso) el excremento de vampiros. En segunda instancia, la micro fauna y micro flora que se desarrolla sobre este tipo de guanos, está determinada por los hábitos alimenticios y por los contenidos orgánicos que son defecados en el interior de las cavernas.

    También existen casos donde una caverna se divide en galerías y habitáculos con diferentes condiciones internas de clima, temperatura y humedad, esta diferencias son aprovechadas por diferentes especies, mismas que podemos encontrar en una sola caverna, es decir puede haber diferentes especies compartiendo la misma entrada, pero quizá no el mismo piso o la misma habitación. En cavernas con galerías complejas, podemos encontrar mezclas de guano de diferentes especies, sobre todo en los corredores que fueron o son compartidos por las diferentes especies residentes, esta mezcla de guanos distintos hace que estas zonas de cosecha sean de una más extrema complejidad biótica y mineral, nichos de biodiversidad en los cuales encontramos hongos que atacan la celulosa y otros que degradan quitina, la primera proveniente de las deyecciones de murciélagos fruteros(alta en K) y la segunda, la quitina (alta en N pero difícil de degradar), proveniente del duro exoesqueleto de insectos que fueron tragados en las cacerías nocturnas por estos habilísimos mamíferos alados.
    El Guanero

    Hace una década y media, en el estado de Michoacán se reactivó un viejo y casi olvidado oficio la extracción y envasado de guano estimulado por pequeñas empresas que se dedican a la transformación y venta del guano de murciélago, estas pequeñas empresas crecen y se multiplican impulsando este ya casi olvidado oficio y las extracciones de guano van desde los trópicos hasta los más inhóspitos desiertos de nuestro país, las cavernas están siendo despojadas, no solo del guano sino de todo lo que vive allí adentro.
    Los riesgos del oficio

    Esta peligrosa actividad se desarrolla en un escenario oscuro y húmedo, bajo en oxígeno, alto en bióxido de carbono (producto de la respiración de todos los seres vivos que allí habitan), cuesta bastante respirar después de una hora de trabajo, el aire interior es inundado con amoníaco, el ambiente está lleno de billones de hongos, bacterias y virus desconocidos. Es aquí en este ambiente, .-solo interrumpido esporádicamente por un ala que roza la oreja o un agudo chillido que reclama al guanero su osadía de penetrar en este inmaculado recinto.- donde el guanero acostumbrado a respirar la pesada atmósfera, se concentra en terminar lo más rápido posible, raspando pisos y paredes para sentir y evitar la piedras con las que tropieza esporádicamente su pala, para llenar la costalera, salir al aire libre, respirar unas cuantas bocanadas de aire fresco, cargar sus mulas, sortear precipicios y cañadas durante horas o días según la distancia a que se encuentre del punto de partida, para finalmente dejar el producto de tanto esfuerzo en manos de intermediarios o procesadores que multiplican su valor en el mercado agrícola nacional e internacional de fertilizantes orgánicos.

    El guanero no sabe (¿o sí), y en muchos casos empujado por el hambre, explora, registra, extrae, envasa, transporta y vende su producto a pequeños intermediarios o procesadores y seguramente es ignorante de su papel protagonista en la catástrofe silenciosa que amenaza la desaparición de los libros del paleoclima: bibliotecas que han sido celosamente guardadas en las profundidades de las cavernas, con libros colgados en sus techos, en sus paredes y en su suelo, custodiados por formaciones minerales que guardan en su seno imágenes y antiguas relatorías, viejas minutas del pasado que hablan de la flora, fauna y de la recientemente pasada extinción de los grandes mamíferos (extinción a la que sobrevivimos, aún siendo pequeños, ya que la pequeñez y no la grandeza es nuestra escala).

    El guanero sabe que en sus costales van cosas que enferman y cosas que sirven pero ignora que también van páginas antiquísimas que hablan de la existencia de macro y microorganismos que aún viven o que vivieron hace miles o millones de años, algunos útiles para la producción o eliminación de hidrocarburos, otros potencialmente pueden servir para capturar metales contaminantes del suelo y quizá por su antiquísimo acervo genómico y larga memoria evolutiva, muchos de ellos pueden poseer activos útiles en el combate de las raras enfermedades actuales y porqué no: quizá para poblar otros planetas.

    Extraido de http://vinculando.org/ecologia/el_mu...n_peligro.html
    Miniaturas de Anexos Miniaturas de Anexos murcielagos.jpg  

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    Post Fertilização Organica - Guia do Guano ! Parte 6

    Tabela de Fertilização apenas com Guano

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    Aqui usamos guanokalong, tanto o em pó, quanto a linha dos líquidos, grow e bloom. o Guano em pós fazemos o chá com água morna e melado de cana, bombinha de oxigênio de aquário mesmo dá para usar em baldes de até 15 litros, geralmente faço o chá em 10 litros e adiciono mais 5 de água na hora de dar. As medidas devem ser ajustadas de acordo com a necessidade de medicação decada um.
    Nesse processo deixo no mínimo 24 horas e no máximo 72 oxigenando, duas a três vezes por dia eu mexo com uma colher de pau, além do guano uso esterco de curral e humus de minhocas claro, isso é tudo que vc precisa.

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