Resultados 1 a 8 de 8

Tópico: Cultivo Extremo - por Luis Hidalgo !

  1. #1
    Data de Ingresso
    Oct 2013
    Localização
    BRAZIL
    Posts
    867
    Thanks
    2.888
    Thanked 1.602 Times in 773 Posts

    Post Cultivo Extremo - por Luis Hidalgo !

    Cultivo Extremo - por Luis Hidalgo !

    _____


    CULTIVO EXTREMO I


    Em nossa vida como cultivadores, a maioria de nós passou por situações nas quais as condições de cultivo não eram as ideais. Em alguns casos, chegamos a ver cultivos que fugiram completamente a todas as normas básicas que lemos nos manuais e foruns de cultivo e, no entanto, conseguiram uns camarões alucinantes. Ao longo de três entregas tentarei explicar uma série de técnicas que extrairão todo o "extrato" de cada planta.

    Por Luis Hidalgo


    O que primeiro devemos definir é o conceito de "Cultivo Extremo". Entenderemos que estamos aplicando técnicas de Cultivo Extremo sempre que modifiquemos os sistemas Bióticos e Abióticos do meio de cultivo, de forma que as condições forcem reações não habituais na planta. Por Biótico, assumimos todos os fatores do meio que estão "vivos", sejam diferentes bichos e pragas, outros bichos que não são pragas e também podem viver no substrato, como bactérias, fungos, mofos, microorganismos e, definitivamente, tudo aquilo que está vivo. Por outro lado, poderemos considerar como parâmetros Abióticos aqueles que influem no ambiente, sendo os mais determinantes a Luz, a Temperatura e a Umidade, ainda que também o Ar (vento), os níveis gasosos ou a qualidade de água, influem de forma decisiva em alguns processos.

    Não estamos falando aqui de mitos amplamente difundidos, do tipo "torturar" a planta,na base de romper os ramos, inserir pregos ou realizar podas selvagens. Este tipo de "tratamentos" sem nenhuma base científica que os avalize, são e serão SEMPRE prejudiciais para a planta, produzindo em 100% dos casos, mais prejuízo do que benefício.

    Pelo contrário, exporemos formas de manipular o meio para conseguir determinados fins concretos, a saber: mas potência, períodos vegetativos relâmpago, maturação acelerada, redução dos tempos de floração, seleção de mães e pais puros, por detecção de hermafroditas, incrementos na produção de resina, etc....

    Obviamente, a maioria destas formas de trabalho só são aplicáveis aos cultivos de interior, devido ao fato de que é neste meio que podemos, realmente, ter maior controle sobre todos os parâmetros. De qualquer maneira, existem outros parâmetros que podem ser extrapolado ao cultivo exterior, ainda que sempre limitados quanto a ?Causa-Efeito?, devido à intervenção da mãe natureza, que impede a aplicação correta da técnica, em muitos casos.

    Chegados a este ponto, e tendo já claro o que é o Cultivo Extremo, poderíamos classificar as diferentes técnicas por sua aplicação e efeito.


    INCREMENTO DE POTÊNCIA

    A seguir, vou expor diferentes técnicas enfocadas exclusivamente no incremento da potência da planta, sem necessidade de aditivos que, ainda que realmente funcionem, pode-se prescindir deles ou trabalhar de forma combinada. Estas técnicas são, em muitos casos, complementares e compatíveis com a maioria dos produtos agrícolas, o que também não impede seu uso, caso se deseje, e mais, seus efeitos serão potencializados, com toda segurança.

    A base destas técnicas é o solo seco, a redução de Nitrogênio e a aplicação de luz em excesso, combinadas com umidades relativas baixíssimas, em determinados momentos do ciclo vital. Entendemos também que, ao falar de potência, realmente falamos em incrementar os níveis de resina nos tricomas e seu número na planta. Isto implica que se existe uma quantidade determinada de THC por tricoma, ao termos mais tricomas teremos mais THC, mas também mais CBD e outras resinas e azeites pelo mesmo princípio.

    Temos que partir da base de que o cânhamo para uso medicinal e/ou narcótico é sempre de Solo Seco. Ao afirmar isto, nos referimos às variedades com um alto nível de pureza, ou híbridas que por suas características mantêm as necessidades hídricas de seus pais, as quais, sem dúvida, eram de Solo Seco.

    Devemos ter em conta que o que nos interessa neste caso é potenciar a produção de resinas, bem como o favorecimento de geração de flores (cálices) em detrimento da folha e do resto de matéria vegetal. Outra coisa é o cânhamo para uso industrial, onde quereremos ter grandes folhas e gordos ramos maciços, no caso da fibra. Portanto, as técnicas de cultivo que aplicaremos, são diferentes em ambos casos, chegando à oposição em algumas ocasiões. Se, além disto, desejarmos esse "extra" que diferencie nossa Erva do resto, deveremos aplicar o ?Cultivo Extremo?.

    Antes de continuar, devo esclarecer uma questão bastante complicada. Na Cannabis, tudo se mantém em equilíbrio. Se tivermos muito de algo, será sempre ao custo de termos pouco de outra coisa, tentando manter o equilíbrio. Por exemplo, um dos erros que se cometem de forma mais comum é o da poda não seletiva, pensando que é bom tirar aquela folha gigante que oculta algum camarão. Se você fizer isto quando já entrou a floração, o que você provocará será um incremento de pequenas folhas e surtos em todo o ramo, que já não têm tempo para desenvolver-se, com o que dará microcamarões aparentemente inflados, mas com muito pouca flor, que se secarão e se transformarão em ?Palha".

    Com o anteriormente exposto se pretende que o leitor entenda que não existe uma "fórmula mágica" que permita levar ao extremo todos os fatores que nos agradem, como podem ser a produção, potência e aromas. Se levarmos ao extremo a potência, como neste caso, será ao custa da produção, e em alguns casos dos aromas, seja em cheiro ou em combustão. Se subirmos os aromas, baixaremos a potência, com quase toda segurança, e também a produção. Por último, não costumam ser compatíveis os grandes tamanhos com a alta potência.

    Se obsevarmos as plantas mais potentes do mundo, isto é, as que têm mais altos níveis em cannabinoides, sobretudo THC, veremos que se encontram sempre em zonas de climas continentais de ?Áreas Secas? ou de montanha (Enciclopédia da Maconha, Vol I, ed 2000). Em nenhum caso se encontram variedades de alta potência em vales baixos ou zonas de muita chuva durante todo o ano, sendo estas plantas de desenvolvimento espetacular, mas de efeito psicoativo menor.

    Também se fez um Thread por parte de um foreiro do www.cannabiscafe.net, um dos melhores foros de cultivo em castelhano, no que se cultivava uma variedade marroquina em hidropônico, obtendo uns resultados excepcionais quanto a desenvolvimento e aspecto da planta. A surpresa chegou na hora da prova, momento em que se descobriu seu horroroso sabor e sua baixa psicoatividade, enquanto suas ancestrais de terreno seco por origem, eram de produção escassa mas de potência muito superior (em relação às variedades marroquinas referidas). Isto não quer dizer que não possamos cultivar plantas muito potentes em sistemas hidro, já que os híbridos com os que trabalharemos costumam estar aclimatados e em sua genética predomina a ?alta potência? e sempre a mostrarão nas primeiras gerações, inclusive em condições adversas de alta umidade, frio, luz escassa, etc., mas a referida condição de alta ?potência? se desvanecerá com a descendência nas sucessivas gerações.

    Com tudo o exposto até agora fica claro o fato de que, se queremos altos níveis de psicoatividade, tem de ser à custa da produção, invariavelmente. Por outro lado, o cultivador deve ser consciente de que o que explicaremos, pode não dar os resultados esperados, se não se aplicar da forma correta.

    No próximo módulo, veremos como controlar as mudanças ambientais, para que o incremento de potência seja apreciável de forma objetiva, bem como os diferentes níveis de cannabinoides nas diferentes etapas de desenvolvimento da planta, desde seu primeiro par de folhas, até o momento da colheita, e de como deveremos ajustar luz, água e temperatura para obter o máximo de resina possível para essa variedade.

    Até esse momento, pode fumar uns charros dessa estupenda Erva, enquanto vais imaginando o que vamos fazer a nossas meninas. Vão passar sede, fome e calor, muuuuito calor.
    Última edição por BlackJack; 02-18-2014 às 00:56.

  2. The Following 6 Users Say Thank You to The Lizard King For This Useful Post:

    253 Adv Gardem (05-09-2014),4iVincent (10-07-2014),ForevKing (12-09-2013),Mandrix (02-05-2014),Oliguba (11-20-2013),Tricoma (11-20-2013)

  3. #2
    Data de Ingresso
    Oct 2013
    Localização
    BRAZIL
    Posts
    867
    Thanks
    2.888
    Thanked 1.602 Times in 773 Posts

    Post Cultivo Extremo - por Luis Hidalgo ! Parte 2

    CULTIVO EXTREMO II


    Uma vez definido o conceito de "cultivo extremo" (ver nº anterior) e expostas as bases para realizá-lo, vamos especificar a forma de utilizar os fatores abióticos (luz, água e temperatura) para conseguir os efeitos desejados em nosso cultivo.

    Nosso objetivo será conseguir plantas o mais potentes possível no menor espaço de tempo, tentando que a produção não baixe em excesso. E vamos conseguir

    No capitulo anterior ficou claro que o cânhamo medicinal e/ou narcótico, isto é, aquele que não se utiliza para processos industriais, é de seca.

    Também se viu como o fato de que a planta se desenvolvendo num ambiente com umidades relativas altas favorece a produção de folhas em lugar de flores. Isto nos leva à conclusão de que o que devemos reproduzir é um ambiente quase "desértico", no que a intensidade da iluminação jogará um papel fundamental.

    No cultivo de interior nos encontramos com multidão de meios e condições que cobrem todas combinações possíveis de superfície útil, altura, renovação de ar e umidade, desde o cultivo no centro de uma habitação com janelas até o pequeno mini-armário camuflado numa geladeira velha, passando por armários embutidos, banheiros, telhados, e diversos espaços fechados.

    As técnicas que vamos expor podem se aplicar a qualquer deles já que são "gerais", isto é, não dependem do contexto senão que o modificam em maior ou menor medida.

    Período vegetativo

    Antes de qualquer coisa, devemos diferenciar entre semente e clone, já que as reações ao stress diferem consideravelmente.

    Enquanto com os clones podemos começar a forçar quase desde que enraizaram, não sucede assim com as plantas de semente.

    A planta é extremamente delicada em seus primeiros estágios, podendo chegar a morrer se lhe aplicam condições extremas, com o que é conveniente deixá-las crescer normalmente até o 3º ou 4º par de folhas, momento em que a estrutura do tronco deveria estar suficientemente formada.

    Se não for assim, deveremos esperar até que o aspecto do talo principal tenha um aspecto forte, não necessariamente gordo senão firme.

    Os galhos secundários também são um indicador, no momento em que se começam a separar do nodo.

    A partir daqui damos por fato que estamos trabalhando com plantas "feitas" ou bem com clones já enraizados e em processo de crescimento.

    O Vaso

    Independentemente da altura final desejada para nossa planta, o melhor é começar com vaso pequenos e ir transplantando, até 3 vezes ao longo do vegetativo, contando um ciclo de 20 - 25 dias segundo a variedade.

    Podemos começar com vasinhos de 10 x 10 x 10, ou inclusive copos de plástico de 20 ou 25 centilitros, para acabar em vaso de 4 litros.

    O motivo disto é que já começamos a aplicar stress a nível radicular.

    Devemos deixar que o substrato fique "saturado" de raízes, momento em que passamos ao seguinte tamanho.

    Nos daremos conta disto por diferentes "sinais": a terra se seca cada vez com mais freqüências, obrigando a incrementar o número de regos, as folhas inferiores amarelam e secam e por último, a pequena planta freia seu crescimento.

    É o momento de transplantar.

    Alguns pensarão que quiçá seja prejudicial tanta manipulação, ou inclusive que é demasiado estresse.

    Se os transplantes se realizam com um mínimo de cuidado, as plantas nem o notam, continuando ao cabo de um par de dias com um desenvolvimento explosivo, ao encontrar alimento novo, limpo e oxigenado.

    O transplante favorece um desenvolvimento radicular mais robusto bem como um incremento na renovação de radículas, dão um impulso extra num momento de carência e controlam o equilíbrio metabólico implicado na produção de celulose.

    Por outro lado, permite-nos um ajuste mais "fino" dos níveis gerais de desenvolvimento, como o tamanho total da planta.

    Quanto ao tema do estresse por tanto transplante, assinalar que estes são uma fonte de informação de altíssimo valor, já que nos permite a observação do sistema radicular, sua evolução e desenvolvimento, permitindo-nos aprender sobre ele e sobre sua influência sobre a totalidade dos aspectos da planta, sendo a parte mais importante desta e ao mesmo tempo a menos estudada ou apreciada pelos cannabicultores caseiros.

    Esta técnica se pode aplicar diretamente a todos os cultivos em vaso ou recipiente, seja em interior, sacada ou exterior, alongando-se nestes dois últimos casos o tempo entre transplantes devido à menor taxa de crescimento.

    Da mesma forma, é possível que tenha que realizar mais transplantes.

    Em hidropônia é viável simular o transplante ainda que de forma complexa.

    Basicamente deveremos reduzir drasticamente o nível de nutrientes de forma equilibrada, isto é, guardando as proporções, exceto o nitrogênio e o magnésio que deveriam ser eliminados na medida do possível. Isto se aplica durante 24 horas, passadas as quais se volta à solução nutriente "normal" para esse momento, adicionando 0,10 ml/L de hormônio enraizador solúvel em água.

    Não é necessário atirar a solução nutriente, basta deixá-la num recipiente aparte e repô-la com o hormônio, uma vez eliminada a "desnaturalizada".

    O efeito produzido é praticamente idêntico ao de cultivo em terra, com os mesmos sinais visuais e o mesmo incremento em desenvolvimento depois do "transplante" simulado.

    Em resumo:

    Começar com vaso pequeno

    Realizar transplante ao observar a necessidade da planta.

    Utilizar pequenos incrementos no tamanho do vaso.

    Na continuação veremos como aplicar um sistema de rego eficiente para esta técnica de transplantes, bem como a forma de dosá-lo para que nossas plantas se acostumem à seca rigorosa que lhes aplicaremos em floração.

    O rego

    Outro dos fatores de mais fácil controle.

    Devermos esquecer-nos das normas básicas expostas em manuais gerais de cultivo, já que estas estão enfocadas em sua maioria a um maior desenvolvimento de celuloses e matéria geral, coisa claramente necessária em período vegetativo, mas em sua justa medida.

    Um dos erros mais comuns em cultivadores novatos e nem tanto, é o pensar que a planta precisa água, muita água, e que são necessários grandes e gordos talos para uma floração profusa.

    Já não falamos de excessos de rego, que provocassem claros sinais na planta de que o sistema radicular esta num meio úmido em excesso, com o conseqüente amarelar de folhas, flacidez permanente, etc...

    Normalmente, rega-se quando a superfície do substrato se observa seca, e ao introduzir a ponta do dedo, efetivamente o está.

    Também se vai estendendo o melhor costume de avaliar o peso do vaso antes e depois do rego, com o que ao pouco tempo de prática se sabe quando regar de forma intuitiva simplesmente levantando a vaso.

    Este método está especialmente indicado para substrato especiais ou misturas de terras com biohidrogels ou polímeros, devido a que estes ficam ancorados a nível radicular no "coração" do vaso, aparentando estar seco por fora quando no interior se mantém a umidade.

    A forma correta de rego para Cultivo Extremo se baseia na dosagem de água e o alargamento do tempo entre regos, bem como a observação da planta para a decisão do momento em que regar.

    Deveremos detectar o momento em que a planta começa a entrar em estado de "flacidez". A partir de aí, há que estar muito atencioso, sobretudo quando trabalhamos com recipientes muito pequenos, já que a evolução é muito rápida, e mais ainda quanto menor é o vaso.

    No estágio inicial, isto é antes do primeiro transplante, deveremos regar aos primeiros sinais de flacidez, que se manifestarão nas pontas de crescimento.

    Ao estar o solo seco, teremos que dar uma primeira passada com pouca água, para que absorva. Se não o fazemos assim, a água cairá diretamente pela drenagem arrastando nutrientes sem realizar sua função.

    Depois desta primeira passada, esperamos uns segundos enquanto observamos como a água vai sendo absorvida.

    Na seqüência, continuamos o rego com curtos "choros" de água, esperando entre eles a que vá empapando, desde a base do talho até a borda do vaso.

    Continuaremos até que comece a aparecer água pela drenagem.

    Neste momento, esperamos um quarto de hora aproximadamente, e voltamos a fazer um rego curto. Não voltaremos a regar até que a planta volte a mostrar sinas de flacidez.

    Na medida que vamos transplantando, veremos que se alongam os tempos entre regos. Também observamos que ao estar num recipiente maior temos mas tempo de reação desde o momento em que a planta começa a mostrar sinais de necessidade até do que está em "las últimas".

    Utilizaremos este tempo maior para atrasar pouco a pouco o momento de rego, forçando cada vez mais flacidez depois de cada transplante.

    Em resumo:

    - Esperar a que a planta se mostre "flácida" para regar.

    - Realizar o rego em intervalos com pouca quantidade de água em cada intervalo.

    - Esperar que empape o substrato.

    - Voltar a dar um pequeno rego.

    - Esta técnica é diretamente aplicável em todo tipo de cultivo, exceto em hidropônia.


    No próximo capitulo, exporemos como simular o stress hídrico em sistemas hidropônicos, e começaremos a baixar a umidade para criar "O Deserto".

  4. The Following 4 Users Say Thank You to The Lizard King For This Useful Post:

    ForevKing (12-09-2013),Mandrix (02-05-2014),Oliguba (11-20-2013),Tricoma (11-20-2013)

  5. #3
    Data de Ingresso
    Oct 2013
    Localização
    BRAZIL
    Posts
    867
    Thanks
    2.888
    Thanked 1.602 Times in 773 Posts

    Post Cultivo Extremo - por Luis Hidalgo ! Parte 3

    CULTIVO EXTREMO III


    Uma vez controlamos os fatores abióticos básicos a base de limitar o recipiente e o água de rego, vamos ver como jogar com a luz e a ventilação para simular uma ?seca? que irá incrementando conforme se aproxime a floração, momento em que levaremos ao extremo todos os fatores para conseguir plantas que "chorem" resina.

    Por Luis Hidalgo

    Bem, já vimos como ajustar o aporte hídrico para Cultivo Extremo a base de limitar o espaço do recipiente e espaçar os regos mais do habitual.

    Desta maneira vamos acostumando a planta a aproveitar ao máximo os recursos disponíveis, evitando a síndrome da "planta yonki", efeito produzido ao "mimar" em excesso a planta, e que produz espécimes frondosos mais de menor psicoatividade

    Agora trataremos sobre a fonte de luz, sua potência e proximidade a nossas filhas e sua interação com a ventilação, para conseguir um meio o mais árido possível.

    A Luz

    Em interior, o habitual é trabalhar com lustres de 600 ou 400 W. Ultimamente, devido quiçá ao barateamento das lâmpadas, começa a ser habitual ver 600.

    Existem umas distâncias "standard" desde o lustre ou refletor até a ponta das plantas, que se aproximam de uns 40 cm. para a 400 e 60 cm. para a 600 W.

    Estas distâncias se estabeleceram por motivos de segurança, já que em teoria (só em teoria, como veremos mas adiante) as plantas se queimariam devido ao calor.

    Em Cultivo Extremo, a distância mínima se reduz a 20 ou 30 cm. em floração, inclusive com uma 600 W. Menor distância queimará indefectivelmente as gemas apicais.

    A técnica se baseia no fato de que o cânhamo é capaz de suportar temperaturas de 40 graus C ou mais sem nenhum problema, enquanto seu sistema radicular se mantenha por baixo dos 29º C; portanto, o que realmente nos importa manter é a temperatura do vaso, enquanto nas pontas o limite marcará a aparição dos primeiros sinais de queimado.

    Normalmente, num espaço fechado tipo armário é mais complicado reduzir a distância devido ao maior incremento de temperatura.

    Isto nos obrigará a habilitar um bom sistema de refrigeração tipo intrator sob o lustre ou bem um sistema de convecção, a base de exaustor/intrator.

    Em espaços mais abertos, ou inclusive no mesmo armário, mas com as portas abertas, pode-se solucionar com um simples ventilador giratório.

    A questão é ir adaptando as plantas desde o terceiro par real ou bem quando começou a crescer claramente, no caso de clones...

    Uma vez atingido este ponto, começaremos a baixar o foco por baixo da distância "standard" para a potência que estejamos utilizando, a razão de um par de centímetros por baixada. Na seqüência, medimos a temperatura nas pontas, e se está abaixo de 28º repetimos a operação até atingir essa temperatura.

    Com o tempo e a prática esta tarefa se pode realizar de forma subjetiva, sem termômetro, passando lentamente a mão embaixo da lâmpada, afastando ou aproximando até encontrar o ponto onde a sensação é de calor, mas não queima..

    Um fator importante neste ponto é a altura do recipiente que usemos.

    Quanto mais alto seja, melhor, já que assim incrementamos a distância entre pontas e o vaso, podendo ganhar algum grau.

    Uma vez fixado o foco, e depois de ao menos duas horas funcionando para que se alcance a temperatura máxima, conectamos o sistema de ventilação, e esperamos outro par de horas até que se estabilize o meio.

    Neste momento podemos "recalibrar" o foco e baixá-lo um pouco mais.

    Agora estamos numa situação delicada. As plantas ainda são bastante sensíveis, e durante uma semana mais ou menos teremos que estar bastante atenciosos. Ao menor sintoma de queimado (a folha começa a "torrar"), subiremos o foco uns 10 cm. e esperamos, para comprovar que não aumenta.

    Em contrário do que se poderia pensar, isto não afeta ao crescimento da planta (sempre que não chegue a queimar-se).

    E tem mais, parece que o fato de que alguns estômatos fiquem arruinados estimula o crescimento. Esta técnica bem aplicada pode gerar crescimentos de até 2,5 cm. ao dia, com o que em 15-20 dias teremos umas plantas bonitas de +/- 50 cm., perfeitamente adaptadas a um clima quente e seco, o que produzirá uma floração resinosa até não poder mais.

    Como se explicava no capitulo anterior, com estes níveis de crescimento acelerado se faz necessário um transplante no mínimo na metade do ciclo, e inclusive dois se dispor dos recursos e a vontade para fazê-lo.

    Depois de cada transplante, poderemos aumentar a temperatura nas pontas um par de graus, já que as folhas são mais consistentes e vão resistindo mais ao calor.

    Como efeitos colaterais desta técnica, poderemos observar como as plantas de semente mostram pré-flores rapidamente, permitindo sua diferenciação sexual.

    Por outro lado, também subirá o número de machos, mas isto ficará compensado com ao proporcionar fêmeas extras resinosas.

    Também notaremos nas plantas um aspecto menos estético do que se as tivéssemos cultivando com métodos tradicionais, mas não é mais do que isso, uma mera questão estética.

    Para simular o efeito em exterior, deveríamos eliminar todo tipo de "sombra" sobre as plantas, utilizando o sistema de vaso dobrado com câmara de ar ou água para manter uma temperatura razoável no vaso.

    Também podemos suplementar as pontas com algum foco, se as condições o permitem.

    Em resumo:

    - Começar a baixar o foco a partir do terceiro par real em semente ou primeiro par em clone

    - Controle de temperatura nas pontas (28 - 32 graus C) e vaso (não mais de 28º)

    - Transplante na metade do ciclo vegetativo

    - Baixada gradual do foco

    No próximo capitulo veremos como manter o equilíbrio entre temperatura e ventilação para conseguir níveis de umidade ambiente ótimos para nossos objetivos e entraremos no apaixonante mundo da floração extrema, que produz a mais potente YERBA.

  6. The Following 4 Users Say Thank You to The Lizard King For This Useful Post:

    ForevKing (12-09-2013),Mandrix (02-05-2014),Oliguba (11-20-2013),Tricoma (11-20-2013)

  7. #4
    Data de Ingresso
    Oct 2013
    Localização
    BRAZIL
    Posts
    867
    Thanks
    2.888
    Thanked 1.602 Times in 773 Posts

    Post Cultivo Extremo - por Luis Hidalgo ! Parte 4

    CULTIVO EXTREMO IV


    A VENTILAÇÃO

    Como vimos nos módulos anteriores, nós ajustamos a distância do foco de luz, até o limite de começar a queimar a ponta das folhas, ao mesmo tempo em que a temperatura dos vasos não ultrapassasse dos 28º (normalmente até menos).

    Com este regime de luz e calor, as plantas consomem mais Dióxido de Carbono (CO2), e a umidade tente a subir, com conta da evaporação acelerada. É fundamental uma ventilação eficaz, que provoque uma renovação permanente do ar, enquanto reduz a umidade do espaço de cultivo.

    Vamos classificar as condições de cultivos mais comuns, como ?Armário?, ?Aposento?, ?Varanda? e ?Exterior?.

    Em um Armário, é normal o uso de ?Entradas de Ar? e de ?Exaustores? para a renovação do ar, por ser um espaço fechado. E aqui, temos um dos temas mais controvertidos dos últimos tempos: A necessidade, ou não, de Ventilação Forçada, tanto para a entrada quanto para a saída.

    Parece que, segundo a maioria dos manuais de cultivo Indoor, devemos colocar a exaustão na parte superior do Grow, perto ou acima do foco de luz, para remover o ar quente que este vai gerar. Da mesma forma, se indica que a entrada do ar, injete ar fresco pela parte de baixo, e, se houver espaço dentro do armário, que se coloque um ou dois pequenos ventiladores, para que eles movimentem o ar.

    A experiência do Cultivo Extremo demonstra que pode não ser assim. Devemos ter em conta que o nosso objetivo é o de que ?Caia? a maior quantidade possível de CO2 sobre as plantas aquecidas, enquanto mantemos frescos vasos (até certo ponto). Desta maneira, vamos colocar a entrada de ar fresco pela parte superior do quartinho, de maneira que ?Banhem? as plantas ao cair, enquanto que o Extrator, de menor importância, pode ser posto em qualquer lugar do Grow.

    Um par de pequenos ventiladores é bastante conveniente para distribuir melhor o CO2, mas também para regular a umidade e fortalecer os caules das plantas. Podemos ligar um ou os dois, dependendo dos níveis de umidade. Devemos recordar que, por volta de 15 dias do nascimento da planta, já podemos começara reduzir a umidade. A Cannabis não produz mais resina por ter um solo seco, mas sim por ter um ?clima? ou um ambiente normalmente mais seco.

    Se cultivamos em um aposento, provavelmente só necessitemos de 2 potentes ventiladores oscilantes. Trabalhando com a potência e a velocidade deles, poderemos ajustar as condições aos nossos propósitos. Se houver uma janela, seria bom deixá-la aberta e com um dos ventiladores bem na frente dela. Se não houver janela, podemos fazer a mesma operação, com a porta do quarto.

    Cultivando na varanda, os problemas se reduzem. Se a varanda for fechada, podemos usar ventiladores oscilantes, como no caso anterior, em combinação com as janelas. Mantenha atenção às janelas, no caso de permanecerem sempre abertas, podem produzir altyerações repentinas de umidade relativa no ambiente, sobretudo no final do Outono e da Primavera (Na Espanha. E no Brasil, que começa perto da Patagônia e termina próximo ao Caribe?), momentos em que a pressão atmosférica torna o clima instável. Deveríamos ter um Higrômetro com registro de Máximo e Mínimo, para podermos controlar melhor este parâmetro. Podemos sempre reduzir o aumento temporário de umidade, ou aumentando a potência do ventilador, ou adicionando outro.

    No cultivo em Exterior, a questão muda de figura. Obviamente que já existem correntes de ar naturais, porém o problema é mais uma vez com a umidade e, este é um dado concreto, com a temperatura do Verão. O ar transporta, entre outras coisas, o Vapor D?Água, com o quê, a ?Ventilação Natural? nem sempre é eficaz, quanto aos objetivos que procuramos.

    Até podemos tentar baixar a umidade do ambiente, desde que o local seja relativamente pequeno e/ou cercado. Para começar, podemos colocar estrategicamente alguns desumidificadores. Um sistema já provado e eficiente é o de formar um círculo de plantas em volta do desumidificador. Se o local for cercado ou fechado lateralmente, podemos colocar tiras de papel secante (mata-borrão) e sacolas porosas com Sílica Gel. É essencial controlar a direção do vento, para fazer a colocação das fitas e do gel, de forma mais eficaz.

    A FORÇA E A DIREÇÃO DO VENTO

    Além de tudo já exposto anteriormente, existem outras questões acerca da Ventilação. A maioria dos manuais de cultivos manifesta o fato de que a exposição da planta à correntes de ar diretas, de forma mais ou menos constante, é muito benéfica para o fortalecimento do caule e dos ramos. Isto é um fato absolutamente certo, mas convém esclarecer que não é o ?sopro? do ar que faz os caules engrossarem, mas sim a movimentação que ocasiona na planta como um todo.

    Por um lado, segundo demonstram alguns estudos científicos, a movimentação do caule central, em relação à base da planta, eleva o consumo de Glicose, transformando este excesso em Celulose. Isto nos leva a conclusão de que é válido para a fase vegetativa, porém não tanto na floração, já que neste momento não desejamos que a planta desvie recursos para produzir Celulose, mas sim para produzir flores. Por outro lado, uma corrente de ar, com a intensidade e direção corretas, ajudará o desenvolvimento mais uniforme da planta, pelo fato de que a luz conseguirá chegar a mais áreas, pois elas estarão em movimento.

    Ainda com relação a isto, também devemos observar a direção do vento. Um ventilador oscilante é válido para distribuir melhor o CO2, porém seria melhor fazer uma suplementação, com mais um ou dois pequenos ventiladores, com a direção fixa, com a intenção de diminuir a umidade e/ou movimentar o calor de algum foco. No Cultivo Extremo deveremos ajustar a força do ar, até o máximo que nossas plantas possam suportar, sem se partirem, aumentando a potência enquanto se vai fortalecendo os ramos, continuando assim até metade do ciclo vegetativo. A partir daí, e durante a floração também, iremos reduzindo a intensidade.

    Em resumo:

    - Em espaços fechados, é mais importante injetar ar fresco, do que remover ar quente;
    - Correntes de ar controladas, baixam significativamente a umidade;
    - Em Exterior, disponha as plantas em volta de um desumidificador;
    - Correntes de ar fortes, até a metade do vegetativo, para reforçar a estrutura da planta;
    - Redução da intensidade do vento, após a primeira metade do período vegetativo.

    Com isto, terminamos a parte dedicada ao ciclo de crescimento vegetativo da planta. Na próxima, teremos uma introdução ao Stress Biológico (Pragas, Mofo, etc...), para passarmos às técnicas de floração. Isto por que a nossa ERVA, se tem algum bichinho, tenta afogá-lo com resina. Assim, não a ataquem, ou ...

  8. The Following 4 Users Say Thank You to The Lizard King For This Useful Post:

    ForevKing (12-09-2013),Mandrix (02-05-2014),Oliguba (11-20-2013),Tricoma (11-20-2013)

  9. #5
    Data de Ingresso
    Oct 2013
    Localização
    BRAZIL
    Posts
    867
    Thanks
    2.888
    Thanked 1.602 Times in 773 Posts

    Post Cultivo Extremo - por Luis Hidalgo ! Parte 5

    CULTIVO EXTREMO V


    A maioria de cultivadores se põem nervosos ante a presença de algum bicho em seu cultivo. Quando a população aumenta, também o faz o desespero do cultivador, pensando que perderá sua colheita. Não sempre tem de ser assim. Existem algumas pragas manejáveis que incrementarão a potência de nossa planta, sem mermar em demasía a produção.
    Por Luis Hidalgo

    Bichos

    Como todos sabemos, na natureza existem diferentes insetos, ácaros, arácnidos e outros seres que agradam dos vegetais por diferentes motivos, uns para comer, outros para anidar, viver, etc...Geralmente, quando a população de indivíduos sobe e se completam os ciclos vitais conseguindo chegar à reprodução com sucesso, converte-se em praga. A partir desse momento, a infestaçao pode chegar a matar a planta.

    O cânhamo atrai a umas quantas pragas que aparentemente preferem a nossa planta sobre outras, ou simplesmente encontram um habitat ideal num meio seco e caloroso como pode ser um indoor. Não vamos tratar aqui sobre todas elas e sim sobre a mais comum em climas estremos: a aranha vermelha.

    Devido ao controle que podemos manter num cultivo de interior, normalmente tentamos mantê-lo o mas higiénico possível a base de eliminação de restos, bandejas para recolhida de líquidos, lavagens de solo e paredes com lixívia e desinfetantes e outras medidas mas sofisticadas, como a esterilização por microondas ou ultravioletas.
    Apesar de todos nossos esforços, devido a que o meio não é hermético, sempre acaba entrando algum bicho, e quando as temperaturas estão acima dos 22º, este costuma ser a aranha vermelha.

    Aranha Vermelha

    Realmente é um arácnido ácaro tetraníquido (4 patas em fase protoninfa) denominado Tretranychus Cinnabarinus ou Tretranychus Urticae a de dois pontos. Possui abdomem e cabeça diferenciados e seu tamanho é de 0.5 mm aproximadamente.
    Na natureza, tem uma especial característica relativa a sua cor que vai desde o verde claro com duas manchas negras nos meses de verão até laranja sem manchas nos meses de outono e inverno

    Em interior, devido à temperatura e umidade mas ou menos constante, as cores costumam ser os mesmos em suas diferentes fases de desenvolvimento: blanquecino, amarelado, alaranjado e vermelho-pardo. Os huevecillos de aranha vermelha são esféricos de cor branca

    Ciclo Reprodutivo

    Este apartado é um dos mas importantes. Se conseguimos compreender as diferentes fases pelas que passa e como manipulá-las a nosso desejo, poderemos "domesticar" às aranhas, convirtiendolas numa ferramenta de Estresse Biótico que nos permitirá ver como a resina se incrementa cada dia. Ademais poderemos utilizá-las para acelerar a maturação, e inclusive para proteger, se, proteger à planta de outros insetos.

    O ciclo da aranha vermelha passa pelas seguintes fasesvo, larva, protoninfa, deutoninfa e adulto. As ninfas são parecidas ao adulto ainda que de menor tamanho.As fêmeas são ovaladas e vermelhas pajizas ou verdes (predominam as formas vermelhas com manchas no abdomem em zonas tropicais). Os machos são ligerameate menores e têm forma de pêra. Quando a colônia está estabelecida, a proporção de fêmeas / machos se estabelece em 3:1

    Com uma duração de 8 a 10 dias num ambiente tipo 28º temperatura / 40 % umidade, é um dos fatores que começaremos a manejar. Por cada 7% de incremento ou decremento nos parametros anteriores (afetados globalmente) aumenta ou diminui o ciclo, podendo chegar desde os 5 dias a partir de 31º até 24 dias por embaixo de 24º.

    Ao poder controlar a duração do ciclo reprodutivo dentro de umas castas, facilmente poderemos aumentar ou diminuir a população ao saber aproximádamente quando vai nascer a seguinte ninhada. Uma lupa microscópio de 100 aumentos nos será de excepcional ajuda para ver quando as lasrvas começam a sair do ovo.

    Sintomas

    A aranha vermelha vive na planta, mas não se alimenta exclusivamente dela, é mais, realmente só no estado de larva e deutoninfa microperfora o avesso da folha para succionar seiva. No resto do ciclo não causa danos diretos, conquanto em estado adulto e quando a praga esta muito avançada, a ligeira tela que tece no avesso das foliolos se acaba saturando de ovos e outros ácaros, taponando em certa medida os estomas. Em Kultivo Xtremo, isto não nos preocupa em excesso devido a que as especiais condições nas que mantemos às plantas reduz consideravelmente o uso dos estomas, com o que não há uma mudança apreciável.

    Ao princípio, o primeiro que vemos é algum ponto escuro que se move ou não no avesso da folha. Se o apertamos com os dedos, deixa uma rayita negra. Ao dia seguinte, poderemos apreciar alguns mas, agora já com movimento e cor mas avermelhado. Um dia mas e aparecem umas micro manchitas amarelas, normalmente desde a base onde acaba o peciolo e nascem os foliolos, ou bem na nervura central do foliolo.

    Fazer notar neste ponto algo que depois ampliaremos, o fato de que tudo se inicia nos melhores lugares para iniciar a tela, objetivo fundamental de tudo arácnido.
    A partir deste momento, as aranhas estao a ponto de entrar em estado adulto e começarão a fabricar tela e a reproduzir-se.

    Conviva com suas pragas

    Depois de expor as bases desta forma de vida que a muitos pressiona, vamos ver como manejá-la mas ou menos a nosso desejo.O segredo de tudo está no controle do ciclo reprodutivo, bem como no entendimento do sistema de contágio. Este se produz sempre por contato ou por corrente de ar que as arrasta.. As aranhas não saltam nem se baixam do vaso para corretear pelo solo. Só passam a outra planta se existe contato físico, por pequeno que seja, entre elas.Uma distância de 30 ou 40 cm. entre as pontas das folhas mas próximas costumam evitar o contágio.

    Num meio fechado tipo armário, com poucas plantas, 6 ou 8, não deveríamos passar da segunda geração, tendo em conta que a cercania entre plantas aumentasse a propagação da praga ao longo do jardim.

    Devido ao controle que podemos manter num cultivo de interior, normalmente tentamos mantê-lo o mas higiénico possível a base de eliminação de restos, bandejas para recolhida de líquidos, lavagens de solo e paredes com lixívia e desinfetantes e outras medidas mas sofisticadas, como a esterilização por microondas ou ultravioletas.

    Apesar de todos nossos esforços, devido a que o meio não é hermético, sempre acaba entrando algum bicho, e quando as temperaturas estão acima dos 22º, este costuma ser a aranha vermelha.

    Aranha Vermelha

    Realmente é um arácnido ácaro tetraníquido (4 patas em fase protoninfa) denominado Tretranychus Cinnabarinus ou Tretranychus Urticae a de dois pontos. Possui abdomem e cabeça diferenciados e seu tamanho é de 0.5 mm aproximadamente.Na natureza, tem uma especial característica relativa a sua cor que vai desde o verde claro com duas manchas negras nos meses de verão até laranja sem manchas nos meses de outono e invernoEm interior, devido à temperatura e umidade mas ou menos constante, as cores costumam ser os mesmos em suas diferentes fases de desenvolvimento: blanquecino, amarelado, alaranjado e vermelho-pardo. Os huevecillos de aranha vermelha são esféricos de cor branca

    Ciclo Reprodutivo

    Este apartado é um dos mas importantes. Se conseguimos compreender as diferentes fases pelas que passa e como manipulá-las a nosso desejo, poderemos "domesticar" às aranhas, convirtiendolas numa ferramenta de Estresse Biótico que nos permitirá ver como a resina se incrementa cada dia. Ademais poderemos utilizá-las para acelerar a maturação, e inclusive para proteger, se, proteger à planta de outros insetos.

    O ciclo da aranha vermelha passa pelas seguintes fasesvo, larva, protoninfa, deutoninfa e adulto. As ninfas são parecidas ao adulto ainda que de menor tamanho.
    As fêmeas são ovaladas e vermelhas pajizas ou verdes (predominam as formas vermelhas com manchas no abdomem em zonas tropicais). Os machos são ligeramente menores e têm forma de pêra. Quando a colônia está estabelecida, a proporção de fêmeas / machos se estabelece em 3:1 .

    Com uma duração de 8 a 10 dias num ambiente tipo 28º temperatura / 40 % umidade, é um dos fatores que começaremos a manejar. Por cada 7% de incremento ou decremento nos parametros anteriores (afetados globalmente) aumenta ou diminui o ciclo, podendo chegar desde os 5 dias a partir de 31º até 24 dias por embaixo de 24º.

    Ao poder controlar a duração do ciclo reprodutivo dentro de umas castas, facilmente poderemos aumentar ou diminuir a população ao saber aproximádamente quando vai nascer a seguinte ninhada. Uma lupa microscópio de 100 aumentos nos será de excepcional ajuda para ver quando as lasrvas começam a sair do ovo.

    Sintomas

    A aranha vermelha vive na planta, mas não se alimenta exclusivamente dela, é mais, realmente só no estado de larva e deutoninfa microperfora o avesso da folha para succionar seiva. No resto do ciclo não causa danos diretos, conquanto em estado adulto e quando a praga esta muito avançada, a ligeira tela que tece no avesso das foliolos se acaba saturando de ovos e outros ácaros, taponando em certa medida os estomas. Em Kultivo Xtremo, isto não nos preocupa em excesso devido a que as especiais condições nas que mantemos às plantas reduz consideravelmente o uso dos estomas, com o que não há uma mudança apreciável.

    Ao princípio, o primeiro que vemos é algun puntito escuro que se move ou não no avesso da folha. Se o apertamos com os dedos, deixa uma rayita negra. Ao dia seguinte, poderemos apreciar alguns mas, agora já com movimento e cor mas avermelhado. Um dia mas e aparecem umas micro manchitas amarelas, normalmente desde a base onde acaba o peciolo e nascem os foliolos, ou bem na nervadura central do foliolo.

    Fazer notar neste ponto algo que dipoiss ampliaremos, o fato de que tudo se inicia nos melhores lugares para iniciar a tela, objetivo fundamental de tudo arácnido.
    A partir deste momento, as aranhas estao a ponto de entrar em estado adulto e começarão a fabricar tela e a reproduzir-se.

    Convive com tua praga

    Despues de expor as bases desta forma de vida que a muitos pressiona, vamos ver como manejá-la mas ou menos a nosso desejo.O segredo de tudo está no controle do ciclo reprodutivo, bem como no entendimento do sistema de contágio. Este se produz sempre por contato ou por corrente de ar que as arrasta.. As aranhas não saltam nem se baixam do vaso para corretear pelo solo. Só passam a outra planta se existe contato físico, por pequeno que seja, entre elas.Uma distância de 30 ou 40 cm. entre as pontas das folhas mas próximas costumam evitar o contágio.

    Num meio fechado tipo armário, com poucas plantas, 6 ou 8, não deveríamos passar da segunda geração, tendo em conta que a proximidade entre plantas aumenta a propagação da praga pelo jardim.

    Em espaços mais amplos tipo habitação ou sacada, podemos chegar até a terceira geração, e podemos manter zonas de quarentena ou de "divisão social" criando "sub-pragas" localizadas em determinados estágios de desenvolvimento da planta.

    Em exterior ou sacada, usualmente os predadores naturais costumam manter sob controle a praga.

    Em qualquer caso, quando se chega a quarta geração de ácaros, temos sérios problemas e assim começaremos a notar enfraquecimento e problemas de floração.

    osso objetivo então é manter as plantas mais ou menos limpas até o último quarto da fase de crescimento vegetativo (os últimos 6 - 8 dias) , momento em que permitimos que os ácaros comecem a crescer. No momento de passar a floração deveríamos tê-los em fase adulta, ou quase.

    Ao longo do ciclo vegetativo, podemos realizar o controle de pragas de diferentes formas, já seja por meios manuais, biológicos ou químicos. Eu pessoalmente prefiro e utilizo o Dicofol ao 5%. Tem um prazo de segurança de 15 dias, com o que nos ficamos com margem de sobra, é de ação rápida, elimina adultos larvas e ovos e ademais tem a particularidade de dar vigor e cor as plantas. Algumas nebulizações pelo revés das folhas até empapá-las, e adeus ácaro.

    A primeira geração NÃO fabrica teia praticamente, enquanto se dedicam principalmente a reprodução. Este é um erro comum de observação, pensamos que a praga acaba de chegar, quando realmente só a partir da segunda geração se começa a produzir teia em quantidades apreciáveis.

    Partimos do ponto em que passamos as plantas à floração com a primeira geração adulta ou a ponto de sê-lo. Como veremos nos próximos capitulos, as condições de estresse abiótico vão se incrementar ao máximo, fazendo o meio cada vez mais agradável para o ácaro. A partir deste momento, devemos estar muito atenciosos.

    Inicialmente, a praga começa pelas folhas inferiores. o ácaro tende a procurar o ponto mais alto e quente, com o que pouco a pouco veremos como vão sendo afetadas as médias e por último as superiores.

    Este é um dos pontos de controle. Nosso objetivo seguinte é chegar a metade da floração com a primeira geração e quiçá a segunda em estado de protoninfa. Para isso, a partir de agora utilizaremos neem em rego para manter o nível, e sabão de potássio nebulizado às folhas (cuidado com os pistilos) para as ações de choque.

    Se o fizemos bem, aos 20 dias de floração (devemos ter em conta que estamos em Kultivo Xtremo e as florações são mas curtas!!) deveremos ver ácaros movendo se pelo revés das folhas, bastante ovos e um pouco de teia leitosa, também no revés. Ainda não terão começado a tecer teia sobre os camarões.

    A partir deste momento, as folhas terão um nível alto de manchas pelas zonas inferiores chegando ao meio nas superiores, e deveremos estar muito atenciosos.

    Vamos centrar na redução diária da população e na destruição de teias. Os novos indivíduos eclodem com preferência pela "manhã", isto é, pouco depois de acender-se o sistema de iluminação, quando a temperatura começa a subir. Os adultos são mais ativos ao final da "tarde".

    Com isto temos que se visitamos o indoor meia hora aproximadamente depois de ter-se acendido as luzes, pegamos às larvas saindo do ovo, as teias da noite anterior feitas e os adultos em modo de baixa atividade.

    É o momento de nebulizar com sabão de potássio que eliminará as larvas (e portanto, a seguinte geração). Se esfregarmos o revés do folíolo com suavidade, arrastaremos teia e ovos, melhorando a ação.

    Aos adultos os teremos entretidos a base de destruir as teias superiores (por cima dos pistilos). Por um lado, a população é o suficientemente grande como para que a preferência dos adultos seja a fabricação de teia de caça por cima da de reprodução.

    Se recortarmos uns pequenos aros (por exemplo, de um copo de plástico) e os colocamos na parte superior dos camarões, veremos como os ácaros se dirigem até eles e fabricam as teias desde as bordas do aro.

    A cada manhã observaremos os camarões e procederemos a soprar os que vejamos cobertos com uma fina teia. Também podemos aspirá-la com um pequeno aspirador de mão. Com este singelo processo, a praga avançará muito lentamente, podendo ser controlada sem problemas até o final da floração.

    Benefícios

    O benefício mais óbvio é um claro incremento de resina, ao ter a planta um estímulo constante sobre cálices e pistilos. Como já se especificou, o dano físico ao sistema vital da planta é mínimo e se define entre os parâmetros de Kultivo Xtremo. O aspecto estético também não nos deveria importar se a YERBA é para fumar.

    Outro benefício colateral é o fato de que as teias dos camarões são tão finas que transpiram perfeitamente, com o que não há dano e sim proteção contra outros ácaros, pulgões e inclusive pequenos mosquitos.

    Por último, gera-se a controvérsia de fumar camarões com ácaro. Não há problema. Se fizermos uma secagem correta, até o último indivíduo abandonará o barco para a parte mais alta, passando ao gancho ou qualquer espaço aberto superior onde pode estender sua teia. Pelo contrário, a YERBA que colhamos se poderá fumar muito antes sem o efeito expectorante da clorofila, devido ao processo de desclorofilização sofrido ao longo da floração. Assim mesmo, a clorofila restante se descompõe a maior velocidade, dando como resultado maconha suave de fumar mesmo sem curar.

    Em resumo:

    - Manter a plantação limpa até metade do vegetativo.
    - Não passar da terceira geração em nenhum caso.
    - Colocar "armadilhas" nos camarões superiores.
    - Pendurar as plantas para secar em gancho ou tubo.

    Enquanto passamos o extremo calor do verão fumando-nos pesadamente nossos camarões, no próximo número entraremos no excitante mundo da Floração Xtrema, levando ao limite a capacidade de resistência de nossas plantas.

  10. The Following 4 Users Say Thank You to The Lizard King For This Useful Post:

    ForevKing (12-09-2013),Mandrix (02-05-2014),Oliguba (11-20-2013),Tricoma (11-20-2013)

  11. #6
    Data de Ingresso
    Oct 2013
    Localização
    BRAZIL
    Posts
    867
    Thanks
    2.888
    Thanked 1.602 Times in 773 Posts

    Post Cultivo Extremo - por Luis Hidalgo ! Parte 6

    CULTIVO EXTREMO VI



    Pleno verão. Mais de 40 graus de temperatura ambiente durante a maior parte do dia.

    Umidade pelo solo.

    Não importa, se tuas filhas se adaptaram no vegetativo, passarão com sucesso esta dura prova, proporcionando-nos uma reserva extra para fumar durante a selvagem estiagem, até que o clima volte a níveis mais razoáveis para nosso labor agrícola...

    Floração Extrema

    Chegamos a parte mais gratificante e ao mesmo tempo mais complexa: o início da floração.

    Se realizarmos corretamente este processo, que corresponde aproximadamente ao primeiro terço do ciclo floral completo, podemos assegurar que obteremos uma colheita super potente com uma produção razoável.

    Uma vez mais, se finca pé no fato de que com estas técnicas de cultivo conseguimos sobretudo potência, com uma diminuição na produção de arredor de 30%, o que é razoável para as temperaturas veraneias, e compensado pelo alto incremento de potência.

    De fato, há quem prefere cultivar Extremo o anotodo, incrementando o número de plantas.

    Também se tem de assinalar a questão do aspecto estético da planta.

    A partir deste momento, notam-se diferentes sinais que aparentam carências, doenças ou pragas e realmente não o são.

    O contínuo estresse a que vão estar submetidas, provocarão reações "não habituais" do cultivo tradicional, como amarelado e queda de folhas sem causa aparente, manchas, folhas em forma de garra para abaixo ou aspecto flácido permanente.

    Todos estes sinais costumam ser produzidos pelas longas secas, alta temperatura radicular e foliar, bem como correntes de ar permanentes de intensidade média.

    As variedades indicas se vêem menos afetadas por estes parâmetros até o ultimo quarto do ciclo, momento em que se acelera a caída de folhas.

    As sativas são mais sensíveis, e a partir da metade da florada começarão a mostrar folhas muito pequenas e finas com aspecto quebradiço que finalmente secam.

    É conveniente fazer um transplante para um vaso de aproximadamente o dobro do tamanho do último que utilizamos no vegetativo, o que proporcionará novo alimento, sobretudo, novo meio fresco para desenvolvimento de raízes.

    Quanto maior o vaso, mais fácil manter a temperatura.

    Objetivos

    Se recordarmos, temos as plantas ao final do vegetativo, com temperatura ambiente de 30º a 35º C, umidade menor que 25%, e um ou vários ventiladores movendo ar e talos, ao menos um intrator/exaustor.

    Neste primeiro terço da floração, iremos mudando ligeiramente estes fatores.

    Como nosso limite, isto é, o que vai determinar se vamos poder levar adiante o cultivo ou não, é a temperatura nas raízes, que se deve manter menor que 28º C, a temperatura ambiente é nosso primeiro objetivo.

    Se durante o dia não conseguimos chegar até aí, ajudados por ventiladores e intratores/exaustores, portas e janelas abertas criando correntes de ar e inclusive climatizadores, bem como vasos duplos, câmara de ar, etc...

    Deveremos propor-nos ou realizar a parte do ciclo de luz durante a noite.

    Se dispuser de um exaustor apenas, este pode se converter facilmente em intrator com um inversor de polaridade (vende em lojas de eletricidade), com o que poderemos meter ar em caso que o da rua seja mais fresco que o da habitação/armário.

    Em caso contrário, retiramos o ar quente ativando o inversor

    Uma vez que estabelecemos as condições, de forma que o sistema radicular não ultrapasse a temperatura limite (recordar que não há problema com ter 30º a 35º C nas pontas), o seguinte ponto é o ciclo noite/dia.

    Em Kultivo Xtremo, vamos começar com 13 horas de escuridão, em vez de 12 h como é habitual. Isto produz múltiplos benefícios, a saber: maturação rápida (20-30 dias em algumas indicas, 30-45 dias em sativas tardias), mais tempo de recuperação depois de um dia "intenso", detecção rápida de hermafroditas e menor altura em sativas, entre outras.

    É conveniente apontar que uma fêmea que passa todo o processo de Kultivo Xtremo sem mostrar NENHUMA flor macho ao longo do ciclo, ou só ocasionalmente ao final, é séria candidata para a ?criança? e cruzamentos (criação de sementes), por sua excepcional resistência ao hermafroditismo.

    O mesmo é aplicável aos machos. Posteriormente aumentaremos o período de escuridão até 14 horas.

    Na continuação, e durante este primeiro terço da floração, reduzimos a intensidade dos ventiladores e subiremos ligeiramente a umidade.

    O motivo disto é que já não nos interessa que os talos e plantas em geral se movam em demasia, pelo que reduzimos a potência dos ventiladores orientando-os para as partes inferiores das lâmpadas, em vez de para as plantas.

    Com isto conseguimos que a planta dedique seus esforços a gerar flores e não celulose (talos e ramos), tendo em vista que neste primeiro terço da floração é quando dão a principal estirada, reduzindo paulatinamente seu crescimento a partir da metade da floração até o final.

    Posteriormente, no segundo terço, voltaremos a subir a potência do vento.

    Ao reduzir o ar, subirá a umidade. Interessa-nos nesta fase mantê-la ao redor do 40%. Se não o conseguirmos combinando os meios com os quais contamos, podemos colocar alguns recipientes com água repartidos entre o cultivo, ou bem um umidificador.

    É importante não passar em nenhum caso dos 50% de umidade ambiente, já que nos afastará de nossos objetivos ao alongar períodos de rego e reduzir a seca ambiental, que é o que vai nos dar a potência psicoativa.

    O fato de manter-se nas cercanias de 40%, proporciona níveis aceitáveis dentro do qual consideramos seca ambiental, alongar ligeiramente o espaço entre regos mantendo o substrato nas condições necessárias e provocando níveis médios de evaporação a nível foliar.

    Os regos

    O ideal neste ponto é que tenhamos transplantado a vasos definitivos, tendo em vista que é bastante complicado manejar plantas de mais de 1 metro para transplantar, aparte da não muito clara conveniência de transplantar em floração salvo por emergências (excesso de adubo, cozimento de raízes, etc...).

    Trabalhar com vasos de mas de 8 litros é bastante conveniente, não tendo limite em tamanho, sabendo que quanto maior o tamanho, mas fácil tudo será.

    O processo de rego nesta fase ainda não é demasiado crítico.

    Como já se comentou, esperaremos até que as plantas mostrem esse aspecto flácido, momento em que regaremos pouco a pouco e muito perto do substrato, esperando a que vá absorvendo, e repetindo a operação deixando os intervalos de tempo suficientes para que este empape corretamente.

    A temperatura da água de rego também é importante aqui.

    Não devemos NUNCA começar com água fria, que provocará um choque nas membranas radiculares impedindo a absorção de nutrientes.

    O correto é começar com uma temperatura ligeiramente inferior a do substrato, e ir esfriando pouco a pouco, em cada "mini rego", até que terminamos, mas em qualquer caso, não é bom regar com água com menos de 15º - 17º C.

    É incrível a quantidade de água que pode chegar a absorver, sobretudo se utilizamos substratos de alta tecnologia que incorporem polímeros, ou bem os adicionamos nós.

    A resistência da planta a partir do momento em que já não pode bombear (aspecto flácido) é cada vez menor. Isso implica que não se deve deixar passar muito tempo desde que a planta pede água, já que facilmente provocaremos danos irreversíveis, e inclusive a morte.

    Em poucos dias, veremos como depois das secas, vão caindo e secando folhas.

    Devemos retirá-las antes, e não depois dos regos, para que não se desperdice seiva no processo de cicatrização. As folhas superiores tenderão a ter estranhos torcidos, dependendo da proximidade do foco.

    Não pega nada, é normal. Os talos tenderão a ser finos e gomosos, com coloração clara. Possivelmente tenha que ajudar com suportes ou tutores.

    Cuidado com as fertilizações nesta fase. Se transplantarmos, não deveria fazer falta. Há que ter em conta que a reação das plantas NÃO é imediata, pelo que ainda que seu aspecto nesse momento não seja o ideal, em pouco tempo as raízes irão atingindo o novo substrato com os nutrientes necessários.

    Em qualquer caso, nunca utilizar Nitrogênio a partir deste momento, já que como se comentou, é diretamente antagonista a produção de THC e outros cannabinoides. Ademais, aqui a planta deveria ter a estrutura suficiente para não precisar aportes extras de N.

    A Luz

    Como sempre, devemos tentar baixar ao máximo as lâmpadas. As técnicas explicadas para o vegetativo são perfeitamente válidas também para esta fase da floração.

    Se podemos dispor de luz ultravioleta, é conveniente utilizá-la no período noturno, a razão de 10 minutos cada 2 horas por cada 24 W. Se aumentamos os Watts, devemos reduzir o tempo.

    Não está demonstrado cientificamente o fato de que a luz ultravioleta incremente a produção de resinas, mas a observação objetiva indica que em iguais condições, dois clones da mesma mãe não reagem igualmente.

    Podemos usar luminárias especializadas, entre as que podemos encontrar a Butterfly de PKtrading, com um desenho inovador que reduz a temperatura na base do foco, ou bem a nova Light Pyramid de Trycholux, em estado de protótipo e disponível em setembro, com incrementos imperceptíveis de temperatura nas pontas e tubos de emissão UVA incorporados.

    Em Resumo:

    - Transplantar antes da floração ao dobro do tamanho do último vaso.

    - Ciclo de luz 13h escuro/11h de luz.

    - Umidade aos 40% e ar dirigido a lâmpada.

    - Regar quanto se mostrem sinais de necessidade, tentando não fertilizar.

    - Não se preocupar pela queda de folhas.


    Já começam a suar, como nós.

    No próximo número, aumentaremos a ?seca? enquanto vemos como os camarões começam a tomar forma sob a sufocante luz. Se nós conseguimos sobreviver ao inferno, elas também o farão, suando resina.

  12. The Following 4 Users Say Thank You to The Lizard King For This Useful Post:

    ForevKing (12-09-2013),Mandrix (02-05-2014),Oliguba (11-20-2013),Tricoma (11-20-2013)

  13. #7
    Data de Ingresso
    Oct 2013
    Localização
    BRAZIL
    Posts
    867
    Thanks
    2.888
    Thanked 1.602 Times in 773 Posts

    Post Cultivo Extremo - por Luis Hidalgo ! Parte 7

    CULTIVO EXTREMO VII

    Bem, o verão vai terminando mas, mesmo assim, manteremos nossas filhas em um estado de estio permanente, até conseguir que seus frutos resinosos cheguem ao ponto em que suas lágrimas de tricomas estejam brilhantes.
    Por Luis Hidalgo

    Neste sétimo e penúltimo capítulo, vamos entrar em cheio na floração extrema, depois de todo um tratamento intensivo através do ciclo vegetativo e um ligeiro descanso no começo da floração.

    Agora, as condições do meio-ambiente vão voltar ao estado de quase desértico em que se encontravam ao final do ciclo vegetativo. Lembremo-nos que naquele momento a umidade relativa rondava os 40% ou menos, com fortes correntes de vento e temperaturas acima dos 30ºC.

    Também é conveniente notar que durante o primeiro terço da etapa de floração reduzimos um pouco o nível de stress com objetivo de facilitar as mudanças metabólicas. Ao mesmo tempo começamos com 13 horas de escuridão ao invés das 12 habituais, com propósito de acelerar o processo de adaptação metabólica acumulando maior quantidade de "floren, floramen ou floragen", nomes coloquiais do hormônio-pigmento que ativa a produção de flores em detrimento do sistema vegetativo, encarregado da geração de células para talos e matéria vegetal em geral.

    Por outro lado, conseguimos o efeito de encurtar todo o processo de maduração em geral, devido ao fato de que necessitamos encurtar ao máximo os tempos para obter um benefício real com respeito ao aceleramento metabólico que o Kultivo Xtremo provoca.

    As plantas entram em um estado permanente de "autopoda", por assim dizer, todos os dias deveremos remover folhas amarelas e secas que vão aparecendo nas partes inferiores. Isso é devido ao calor extremo que sofrem as pontas com uma evaporação excessiva e constante, que provoca de forma continua uma elevada diferença de pressão entre a parte superior e inferior fazendo subir a seiva com mais velocidade e diminuindo nas partes baixas.

    É importante limpas as plantas ANTES de regar, de modo que provocaremos ainda mais perda de pressão ao escapar seiva pelas feridas das podas.
    As folhas maiores vão caindo, deixando a planta com uma aparência "pelada". Não tem problema, as folhas das ramas secundárias e as de um só folíolo do interior dos buds são mais que suficientes, tendo em conta que todos os recursos vão focar a produção de flores e resina, assim não sendo necessária uma atividade fotossintética elevada.

    Objetivos

    Na primeira parte do ciclo de floração rebaixamos as condições de stress com objetivo de conceder um pequeno descanso à planta e permitir que ela acumule umas reservas extra. Agora voltamos a aumentas a velocidade do vento, com nova redução da umidade ambiente.

    Por um lado, o sistema metabólico já freiou a produção de células por si mesmo, e o movimento dos talos já não o estimula, o que não interfere no processo. Por outro, nos permite reduzir outra vez a temperatura e a umidade ambiente, tentando mantê-la ao redor de 30%, voltando à seca ambiental que provoca a produção indiscriminada de resina. Tendo em conta que estamos entre o dia 10 e 15 de floração (dependendo da variedade), os tricomas deveriam ser claramente visíveis nas brácteas e na zona das folhas mais próximas aos pedúnculos florais.

    Como desejamos que os tempos de floração não se alarguem mais que 45-50 dias no caso de sativas mais selvagens, e conseguir colher as índicas em um máximo de 35-40 dias, vamos ir aumentando o tempo de escuridão ao longo desses 10 dias até as 14 horas, a razão de 6 minutos/dia. Isto provoca uma floração rápida assim como uma maduração relâmpago, de acordo com a situação geral de stress em que se encontra a planta.

    Observação

    A partir desse momento, se faz imprescindível um acompanhamento ainda mais intenso de nossas irmãs (menores). É necessário um controle diário de pragas, rego, temperatura e umidade. Em aparência, é um trabalho árduo, mas nos recompensará quando disfrutarmos de duros e resinosos buds cheios de aroma em meses como Julho, Agosto e Setembro. Por outro lado, a observação diária em momentos de stress contínuo fará com que entendamos ainda melhor a nossa querida planta, compreendido e assimilado sua linguagem, ainda que não nos fale com palabras (Irmão Mon Rah). Só assim chegaremos, a posteriori, em situações climáticas mais amigáveis, obtendo o máximo rendimento em condições ótimas.

    Também é necessário um controle frequente do estado dos tricomas, devidao a velocidade com que ocorre todo o Kultivo Xtremo. Com a ajuda de uma lupa de 50x ou 100x, podemos ver claramente sua evolução. Depois de estes aproximados 10 dias da segunda etapa de floração, entremoas na fase de maduração e engorda, determinante para afinar a potência e endurecer os buds, para isso, devemos estar atentos à coloração e forma dos tricomas para decidir quando abordar a última fase.

    Em hidroponia, esses processos se aceleram ainda mais, fazendo que um dia ou dois de diferença sejam determinantes. Em exterior ou terraço os tempos são mais flexíveis, ainda que devemos ter em conta que também são mais acelerados que o habitual. Os talos são mais finos e brandos, e se faz imprescindível dar firmeza às ramas, ou colocar uma grade ou tela na parte superior do cultivo para atá-las.

    O tempo entre regos nessa fase volta a encurtar-se devido a umidade relativa ter abaixado. É importante pesar bem os vasos para saber quando regar, já que a queda mais ou menos massiva de folhas baixas principais, assim como o estado brando geral da planta podem nos enganar. Um excesso de rego nesta fase é muito ruim, provocando uma descoloração rápidas das folhas, e se a planta estiver muito perto da lâmpada, a morte. Por outro lado, o tempo para regar pode ser muito curto, provocando também processos irreversíveis se não o fizermos a tempo.

    Por último, muita atenção às manifestações de hermafroditas, já que é neste momento que o sistema está mais sensível.

    Adubos

    Devemos ter extremo cuidado com este tema. Teoricamente, deveríamos utilizar um substrato de qualidade e ter realizado os transplantes necessários, conseguindo assim completar o ciclo sem adubação. Em qualquer caso, este é o momento de suplementar com fósforo e potássio, ou melhor com algum bioestimulador, sempre com muito cuidade e utilizando como máximo a metade das doses recomendadas.

    O sistema radicular se encontra bastante sensível devido à intensa seca, e tendo em conta que isso vai continuar, é muito fácil provocar uma sobrefertilização e desequilíbrios metabólicos que pararão a floração temporariamente. Em caso de mostrar algum desses sintomas, deve-se reagir rapidamente com um flush. Em vez de adubar, pode ser boa idéia aplicar um rego com água oxigenada de 10 volumes sem aditivos, com razão de 10mL/L de água. No rego seguinte, ajustar dois ou três décimos abaixo do pH habitual (de 6,5 para 6,2 por exemplo).

    Também devemos ter cuidados em zonas com águras saturadas de sais ou cal, utilizando água de chuva ou destilada, ou bem utilizando alguns dos removedores de sais disponíveis no mercado.

    Em resumo:

    - Aumentar a potência do vento e baixar a umidade
    - Limpar as plantas antes de regar
    - Aumentar para 14 horas de escuridão
    - Observar atentamente as plantas, diariamente
    - Melhor transplantar e regar com H2O2 (água oxigenada) que adubar

    Bem, já nos falta somente a última parte, na qual veremos como nossos buds extremos vão engordando ainda que no princípio parecia impossível. Também observaremos como eles se enchem de tricomas ao máximo, para proporcionarmos a melhor ERVA possível para presentearmos esse verão.

  14. The Following 4 Users Say Thank You to The Lizard King For This Useful Post:

    ForevKing (12-09-2013),Mandrix (02-05-2014),Oliguba (11-20-2013),Tricoma (11-20-2013)

  15. #8
    Data de Ingresso
    Oct 2013
    Localização
    BRAZIL
    Posts
    867
    Thanks
    2.888
    Thanked 1.602 Times in 773 Posts

    Post Cultivo Extremo - por Luis Hidalgo ! Parte 8

    CULTIVO EXTREMO VIII

    Chega o momento. Nossos esforços vão ser recompensados em breve em forma de resinosos camarões. Vamos tentar que as plantas também realizem um último esforço para que nos dêem o máximo do que levam dentro, levando-as até o limite de sua resistência.

    Por Luis Hidalgo

    Por fim entramos na última etapa, na que os camarões maduram e engordam. Nossas plantas passaram por todo tipo de condições extremas, calor, pouca umidade, altos ventos, pragas etc.

    Ao observá-las, vemos claramente que seu aspecto não é o mesmo que se tivessem sido cultivadas num ambiente mais agradável. Sua estética geral piora por todo o estresse sofrido. No entanto, só faltam 10 a 20 dias para sua colheita, com o que realmente, não deveríamos ter maiores problemas para superar esta última fase. Realmente, só devemos manter umas condições semelhantes às da etapa anterior, com alguns matizes que mais adiante veremos.

    Também poderemos apreciar claramente e a olho nú, em contraposição com sua estética, a aparição de tricomas tipo "stalked" (com bolinhas) a partir deste momento já não é só nas brácteas, como também em grande parte das folhas próximas às sumidades florais bem como na base e zonas adjacentes do talo, coisa pouco freqüente utilizando métodos mas tradicionais a estas alturas do cultivo. A partir daqui, a geração de tricomas será incontrolável, mesmo que a planta se encontre ou tenha se encontrado em estados próximos à morte, ou acuse carências ou qualquer pormenor.

    Nestes últimos dias vamos nos centrar na queda radical da umidade, sobretudo da terra, baixando temperatura, jogando com a altura do foco. Também deveremos estar muito atenciosos ao estado dos tricomas, bem como ao controle diário de pragas, sobretudo se temos aranha vermelha.

    Por outro lado, reduziremos mais uma vez as horas de luz, com o objeto de acelerar ainda mais o processo, aplicando um par de técnicas "especiais" que permitirão subir a produção, equilibrando as perdas devido ao estresse continuado.

    Em definitivo, se conseguirmos conjugar adequadamente estes fatores e colhermos no momento adequado, teremos obtido um rendimento médio com altíssima potência nos meses estivais, ou então em zonas geográficas que, por suas características, mantêm temperaturas ambiente altas ao longo da maioria do ano normalmente impedindo o cultivo em interior.

    É de rigor comentar que também ao longo de todo este processo, é possível que se tenham sofrido algumas baixas, ou que algum espécime tenha ficado "tocado" ao não suportar as condições extremas às que foram submetidos. O cannabicultor deverá pesar se o esforço a realizar se compensa com o fato de poder consumir HERVA de altíssima potência em Julho, Agosto e Setembro. Meses em que muitos cannabicultores, inclusive de exterior, esgotaram suas reservas.

    Regas

    Como se comentou anteriormente, a partir de agora deveremos "esticar" ao máximo o espaço entre as regas. Faz-se imprescindível a "rega lenta", devido a que o substrato começa a esgotar-se ocupado pelo sistema radicular, e que o pouco que fica se seca de forma extrema. Por isto, devemos regar muito próximo ao vaso e com um fluxo baixo de água, com objeto de evitar "buracos" no substrato e de cuidar os finíssimos "pelinhos" radiculares de última geração, que são muito delicados e mais ainda nas condições de alta temperatura à que se viram submetidos. Se regarmos sem cuidado do alto e a jorros, prejudicaremos a planta de forma notável, além de perder toda o água pela drenagem arrastando os poucos nutrientes que ela conserva.

    Daremos muita atenção ao momento da rega, já que como se explicou no número anterior, as plantas agüentam muito pouco desde o momento em que entram em estado de flacidez, contando ademais com o fato de que pode ser difícil detectar visualmente este estado, devido a que o aspecto geral da planta (falta de folhas, talos macios etc.) pode nos enganar ou nos fazer pensar que "parece igual a ontem" quando realmente agora sim está precisando de água. Uma vez mais, recomenda-se sentir o peso do vaso e observar atentamente o estado dos pecíolos, para ver se mostram uma "moleza" incomum.

    Portanto, depois de um rego inicial suave, esperaremos uns minutos até comprovar que o substrato se umedece "inchando". Neste ponto, daremos outras duas passadas, sempre de forma suave e controlando se começa a drenar, momento no que devemos parar esperar uma meia hora e dar uma última passada para saturar o substrato. Ao sentir de novo o peso do vaso, ele deveria ter aumentado de forma claramente apreciável. Este peso nos servirá de referência para regas futuras.

    A água deveria estar numa faixa de temperatura de 20ºC a 25ºC para evitar ?choques? no sistema. Também é recomendável ajustar o pH um par de decimais abaixo do habitual.

    Em caso de estar utilizando substratos com polímeros, poderemos espaçar ainda mais as regas, tendo em vista que devemos deixar que eles descarreguem bem antes de voltar a regar.

    Por último, é interessante calcular a última rega para 3 ou 5 dias antes de colher, de maneira que no momento de cortar, a planta se encontre o menos inchada possível, acelerando a maturação final e o posterior secagem.

    A Luz

    Este é um ponto a variar desde a etapa anterior. A partir daqui, a intensidade da luz não é tão crítica, exceto talvez em algumas variedades sativas puras que precisam de alta luminosidade. De qualquer forma, estas variedades não são precisamente as ideais para Cultivo Extremo, e sim para realizar ScrOGs com condições ambientais mais normais.

    O primeiro que vamos fazer é continuar com a redução de horas de luz, à razão de incrementar cinco minutos mais ao tempo de escuridão por dia, até chegar às quinze horas de escuridão. Os motivos disto já foram bem explicados em entregas anteriores. Uma vez mais, fazer notar o fato de que nem todas as variedades são susceptíveis a aceitar adequadamente este tratamento, sobretudo algumas índicas puras, que terão sua produção diminuída. Nestes casos, pode-se manter o fotoperiodo em 11/13 ou 10/14 até o final do ciclo.

    Vamos subir os focos uns 10 a 15 cm, respeitando as distâncias que vínhamos utilizando. Desta maneira, reduzimos um par de graus (ºC) nas pontas, ao mesmo tempo em que a maior altura do foco permite uma partilha de luz mas uniforme, chegando melhor às partes baixas, ainda que com menor intensidade.

    Se na fase anterior aplicamos a técnica de "pontas queimadas", que consiste em deixar queimar-se um pouco a ponta ou pontas apicais por proximidade à lâmpada, veremos como o camarão principal, o "queimado", começa a produzir flores de forma indiscriminada, podendo chegar a subir um terço seu tamanho/produção. É uma técnica derivada de alguma forma da poda FIM, mas neste caso se aplica em floração e o mais importante, SEMPRE se acerta e só há um par de dias de pausa e só na ponta queimada, enquanto o resto da planta continua seu desenvolvimento normal.

    A outra técnica a aplicar para subir produção, é a simulação de uma "lua cheia" ao longo desta última etapa. Isto é muito singelo. Depois de uns 5 a 10 dias (dependendo da variedade), a contar a partir de quando vemos que começa a frear a produção floral, daremos uma sessão de 48 horas de luz continuadas, que é aproximadamente o efeito que produz a lua cheia ao refletir a luz do sol em exterior. O ideal é, se dispõe de luzes ultravioleta ou de luz negra (estas também emitem uma percentagem de raios UVA), acender estas no período de escuridão, mantendo apagada a luz principal. Em caso de não dispor delas, deveremos manter a luz principal acendida as 48 horas, tomando a precaução de subir sensivelmente o foco durante as horas que corresponderiam a escuridão.

    Com a aplicação destas duas técnicas, que se podem usar perfeitamente em cultivo tradicional com resultados espetaculares, ganharemos esses pontos de produção perdidos por causa do estresse.

    Quando Colher

    Este é o momento que todos esperamos. Realmente, é difícil especificar um momento concreto para cortar, entre outras coisas, porque entra em jogo o gosto do cannabicultor no ajuste do efeito psicoativo. É sabido por todos o fato de que colher antes do tempo produz efeitos mais estimulantes, enquanto uma colheita tardia a faz mais narcótica.

    Como método regular, a melhor forma é observar com uma lupa de 50 ou melhor 100 aumentos o estado e cor dos tricomas. O sistema de observar a maturação dos pistilos é completamente inútil no Cultivo Extremo, devido à rápida degradação destes sem que necessariamente se tenha chegado ao ponto ótimo de quantidade e qualidade de resina.

    Os tricomas têm três tons, transparente, leitoso e âmbar. Também a longitude e forma do palito que segura a cabeça do tricoma é um bom indicador. Convém localizar e marcar duas ou três zonas em cada planta que serão as que observaremos cada dia. Estas zonas podem ser: camarões principais, zona média e baixa. É interessante controlar também os tricomas das pequenas folhas adjacentes às sumidades florais, bem como pecíolos e folíolos de folhas principais.

    Não vamos dar uma fórmula concreta, explicaremos o significado das mudanças de cor e forma, para que o cannabicultor possa estimar o momento segundo suas preferências pessoais.

    Os tricomas transparentes com base longa mais reta são ricos em THCA. Isto provoca um efeito mais estimulante, mas precisam perder sua forma ácida mediante a aplicação de calor e/ou uma cura perfeita para manifestar sua potencialidade. Também existe perda de aromas, devido a que os agentes aromáticos, terpenos, sesquiterpenos e outros ainda não se desenvolveram adequadamente. Quando sua base deixa de ser reta e se começa a curvar e a afinar para a ponta, o conteúdo de THC (sem a parte ácida) é maior.

    Se a colheita for atrasada, os tricomas começarão a tomar coloração âmbar e/ou leitosa ou opaco. Quando são de cor âmbar, o tricoma contém todos seus agentes aromáticos e o THC se degrada a CBD, provocando um efeito mais narcótico.

    Por último, os tricomas leitosos contêm quantidade de CBDA, fato que provoca a aparição de CBN uma vez cortada a planta. A função do Cannabinol parece ser a de regulador na interação THC / CBD , ainda que ainda há muito por pesquisar neste campo.

    Em Resumo:
    ? Espaçar as regas ao máximo;
    ? Baixar temperatura subindo os focos;
    ? Aumentar as horas de escuridão;
    ? Aplicar ?pontas queimadas? e efeito "lua cheia" para subir produção;
    ? Controlar estado dos tricomas para colher no momento ótimo.


    Com isto, damos por finalizada esta série de artigos, com a esperança de que os cannabicultores que nos lêem possam desfrutar da HERVA mais potente quando mais difícil parece. A partir do próximo número, começará um monográfico sobre as diferentes formas de cultivar em interior para conseguir objetivos concretos como produção, aromas etc
    Até então, a desfrutar de vossa maria Extrema.

    Luis Hidalgo

  16. The Following 5 Users Say Thank You to The Lizard King For This Useful Post:

    ForevKing (12-09-2013),Mandrix (02-05-2014),Oliguba (11-20-2013),Tricoma (11-20-2013),weedtoker (11-22-2013)

Tags para este Tópico

Permissões de Postagem

  • Você não pode iniciar novos tópicos
  • Você não pode enviar respostas
  • Você não pode enviar anexos
  • Você não pode editar suas mensagens
  •