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Tricomaria
05-29-2014, 08:14
Aumentam emergências médicas por consumo de cannabis
por Lusa27 maio 2014
A cannabis vendida nas ruas é cada vez mais potente devido às inovações introduzidas na produção desta planta e as emergências médicas relacionadas com o seu consumo estão a aumentar, revela o relatório europeu sobre drogas, hoje divulgado.
As novidades observadas no mercado de cannabis na Europa são uma das principais preocupações apontadas este ano pela agência europeia de monitorização do fenómeno da droga (EMCDDA).
Especialistas alertam que as drogas atualmente consumidas na Europa são "mais prejudiciais para a saúde" do que eram no passado e que há indícios de que a potência da cannabis vendida nas ruas esteja a aumentar, devido a alterações introduzidas na sua produção.
"As inovações recentemente introduzidas na produção de cannabis são motivo de preocupação, dado que os produtores estão a cultivar plantas que têm simultaneamente um elevado teor de THC (o princípio ativo da cannabis) e um baixo teor de CBD (uma substância antipsicótica)", aponta o relatório.
Embora a potência de ambas as formas de cannabis tenha vindo a aumentar desde 2006, no caso do haxixe "esses aumentos foram bastante acentuados entre 2011 e 2012".
Reflexo disso será o facto de a cannabis ter sido, em 2012, a principal droga mais frequentemente referida pelos utentes que iniciaram pela primeira vez tratamento da toxicodependência.
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Fonte: http://www.dn.pt
Original em: http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3936319
:D
Bem bom :yep:
Deixaram a coisa nas mãos do mercado negro e dos traficantes e agora acham que o processo está a ser mal conduzido. Ora tomem lá, a ver se com esta finalmente aprendem. Se fosse legal os senhores doutores que arquitetam estes relatórios teriam controlo sobre a mesma e o perfil cannabinoide das variedades desenvolvidas seria controlado pelos ditos senhores doutores. Decidiram deixar os destinos da planta nas mãos de criminosos e agora admiram-se que os criminosos não estejam a agir em conformidade com o melhor interesse da saúde pública.
Muito inteligentes estes senhores, não haja dúvida. Deixem-na mais umas décadas nas mãos de gente sem escrúpulos e a quem só interessa o dinheiro fácil e vão ver o problema de saúde pública aumentar ainda mais.
:weed:
Agora passando à refutação da ideia marcada pela noticia. Isto da canábis estar mais "forte" é uma falácia. Em primeiro lugar não está assim tão mais potente. Há quem defenda que há 30 anos tinha 3% de THC e que agora tem 30%. É falso, nem agora tem tanto, nem antes tinha tão pouco. Além disso eu posso ter uma erva com 25% de THC mas se deixar muita folha, se for descuidado na manicure, esses 25% podem ver-se reduzidos a 10 ou 15% facilmente.
E então, de repente tenho uma erva que era para ter 25% de THC e só tem 12% porque deixei muita folha. É menos prejudicial? Claro que não. Então se para conseguir o mesmo efeito tenho que dar o dobro das passas e fumar toda a matéria vegetal das folhas (o que não é nada bom para os pulmões), a erva com menos THC (12% neste caso) é muito mais prejudicial que a de 25%. E esta? Com esta eles não contaram...
Qualquer pessoa minimamente inteligente consegue perceber que se um consumidor tem uma erva com uma concentração de 20% de THC só precisa de dar metade das passas que precisaria de dar caso a erva tivesse 10% de THC para, no final de contas, obter o mesmo efeito. É como uma aspirina... é igual tomar uma de 200mg ou duas de 100mg. Vai dar ao mesmo. Só que no caso dos fumos ao entrar o dobro do fumo no pulmão já não vai dar ao mesmo e a erva mais fraca é mesmo a mais prejudicial para a saúde de quem a consome.
Se calhar a erva dos anos 90 que vinha cheia de folha (às vezes nem flor tinha) é que era boa, não? Vá de fumar folha com fartura para conseguir um efeito que hoje em dia basta dar 2 ou 3 passas para o conseguir :rolleyes:
Esta é a análise pura e dura. Mas muito crua também.
Porque há que dar-lhes alguma razão no que ao perfil cannabinoide diz respeito. Os criadores (e não os produtores como diz a noticia) têm efetivamente vindo a tentar reduzir a concentração de CBD e aumentar a de THC. Ora, sabendo que o CBD é um cannabinoide produzido pela planta precisamente para que o THC seja melhor tolerado e não afete negativamente ao nível psicológico o utilizador, é óbvio que reduzir o CBD aumentando o THC pode tornar a erva mais "perigosa" para quem já tem predisposição para doenças do foro psicológico.
E, sendo isto verdade (não estamos cá para enganar ninguém), digam-me lá se não era de acabar de uma vez com a ilegalidade da planta para, com cuidado e com base em estudos científicos, controlar a criação de novas variedades. Urge, portanto, criar parâmetros e formas de os fazer cumprir.
Sou totalmente a favor de, num cenário de legalização em que o controle da substância passe para o lado de quem se preocupa com a saúde pública, exista uma regulamentação que garanta que a % de CBD não possa ser inferior a 1/10 da % de THC. Só legalizando e regulamentando é que se pode esperar que isto aconteça e, consequentemente, se reduzam os riscos inerentes a uma substância tão inofensiva que só as últimas décadas de proibição conseguiram tornar mais nociva.
Também vejo com maus olhos os criadores que reduzem ao máximo o CBD e aumentam ao máximo o THC. Não concordo absolutamente mas consigo compreender que mantendo a lei conforme está pouco ou nada se pode fazer em relação a isso. E quem compra ao traficante acaba por consumir o que há, pois os traficantes não fornecem propriamente um catálogo com várias variedades e os respetivas perfis cannabinoides das mesmas, ao contrário de (por exemplo) os dispensários canadianos em que eu entro e tenho dezenas de variedades à escolha, cada um com o seu perfil cannabinoide em que umas serão mais adequadas a mim e outras nem tanto. Tendo inclusive ajuda e aconselhamento médico que me permite encontrar a variedade que tem um efeito mais positivo e evitar aquelas que podem não ser compatíveis com o meu perfil psicológico ou físico.
Sendo ilegal, se um traficante tiver erva sem CBD e com muito THC, o consumidor nem vai saber e, se for alguém já com alguns problemas psiquicos ou psicológicos, pode efetivamente acabar no hospital. Mas de quem foi a culpa? Da lei contraproducente que nos rege, ora pois então. Mas querem enganar quem?
:yep:
tommy
Olá de novo...
Faltou apenas referir que este "argumento" é dos últimos que restam aos proibicionistas e que, por isso mesmo, não nos podemos admirar que eles agora insistam nisto do perfil cannabinoide ser mais prejudicial que o de há umas décadas atrás.
Aqui há uns 10 anos, quando me comecei a interessar a sério por estes temas, eles tinham 5 ou 10 argumentos, dos quais se gabavam e vangloriavam, dando a entender que eram tão seguros que só por aí a legalização nunca chegaria. Os argumentos foram caindo por terra, um a um, e nem demorou assim tanto tempo. Hoje em dia já não enganam ninguém com os argumentos da "escalada de consumo", da quebra motivacional do consumidor, etc, etc. O passar dos anos e uma melhor informação da população retirou-lhes já a coragem para se deixar cair no rídiculo ao invocar tais argumentos.
Este é, se não o último, um dos poucos argumentos que lhes resta. Porque tem sentido. Porque até neste fórum (ou em fórums desta índole) a grande maioria dos users não sabe como refutar este argumento. Dizem que está mais forte e o pessoal sabe que até parece ser verdade e então ninguém sabe como contra-argumentar. É por isso que este argumento ainda hoje, em pleno 2014, resiste. E vão continuar a insistir nele. Até que o pessoal se junte e crie uma associação capaz de dar resposta sempre que este tipo de noticias são avançadas. Os media adoram polémica e se houver uma associação com vontade de falar e contra-argumentar eles certamente irão dar toda a atenção e tempo de antena à referida associação.
De certeza que, estando a coisa bem organizada, amanhã teríamos a possibilidade de dar uma resposta ao que se escreveu nesta noticia do 1º post e algum jornal publicaria a nossa resposta. Depende de nós. Em Espanha há centenas e até no Brasil já há algumas. Para quando uma associação em Portugal? (mas uma verdadeira, não queremos nada que seja apenas para dar protagonismo a alguém que precise dele para alimentar o ego).
Saudações canábicas! :oldtoker:
tommy
barbsweed
05-29-2014, 09:55
eu de facto acho q a maria está mais perigosa! ainda no outro dia tive um ataque de riso, e é frequente acontecer isso :D!!
Já sinto q faltou bem mais para q a cannabis entre nos nossos paises livremente e sem restriçoes. concordo plenamente com o q está escrito, tks pela partilha ;) abç :rasta:
red_bulls
05-29-2014, 10:05
Estavas inspirado ó tommy :)
E axas que se alguem respondesse á noticia que apareceu no JN eles iam publicar alguma coisa???, nao me parece. enquanto nao tivermos um jornalismo profissional Portugal nao vai lá.
Preferia que se formasse um lobby em torno disto do que uma associaçao .
Quanto á noticia do JN, ontem li e de uma forma geral é para rir, a unica coisa que se falou da maria foi que mais pessoas vao pedir ajuda e até concordo com isto mas esqueceram-se de dizer que cá em Portugal a lei funciona para isso, se és apanhado com substancias pela policia pode acontecer 3 coisas pagas uma multa em dinheiro ou vais pedir "ajuda" ao psicologo e o que é que as pessoas escolhem? tambem existe a possibilidade de a policia nao querer ter trabalho e obrigate a deitar fora o meterial e nao se passa mais nada.
o resto da noticia que é a maior parte é falar da cocaina de metaanfetamina e das drogas das smartshops que nao nada tem haver com o titulo da notica.
Mr.Ganja
05-29-2014, 10:54
Os pedidos de ajuda de que eles falam , nós sabemos como são contabilizados ! Um tipo vai na rua com erva , é catado pelos Senhores da boina . Tens duas opções ... Ou vais receber a "ajuda" ou então tas tramado e tens que pagar a multa . Claro que o pessoal prefere ir lá ouvir falar um tipo qualquer do que ter que pagar . Isso tudo conta para a estatística ! Estou mesmo a ver o puto que comprou erva para experimentar , ou ate foi o amigo que lhe ofereceu , é apanhado pelos senhores da autoridade , vai fazer o "tratamento" e prontos , é mais um que foi "pedir ajuda "
Mas como diz e bem o tommy , já esta na altura de se criar uma associação que possa argumentar contra estas merdas
5623
Abraços
253 Adv Gardem
05-29-2014, 10:56
Enquanto não EXIGIRMOS pelo menos uma demonstração de boa fé, vamos andar nisto.
Não têm sequer pano pa mangas, nao tem muito que se lhe diga, no café vende-se alcool, existe a cerveja que tem o.5 e o wisky 0.18 , a pessoa conscientemente e que tem que se adaptar qual das duas se vai adaptar melhor a situação.
na erva e igual, já por isso existem ja catalogos muito extensos para dar para todos os gostos.
se fizessem e se dessem ao trabbalhar de inserir uma politica de drogas respoinsavel no País pudiam controlar isso, porque todos nós com muito gosto iriamos participar nessa partilha de informaçao.
Quanto mais tempo a proibiçao ficar instalada, mais tempo os filhos deles, sobrinhos netos vao andar a consumir merda, e depois compram aquelas bostas de smartshop e chamam-lhe cannabis, com sorte a heroina é tambem estraida ai dum hibrido mais putente de cannabis, por amor da Santa amigo.
Deviamos exigir uma demonstração de boa fé, tal como por exemplo deixar de ter uma pena efetiva de cadeia a um numero inferior de X plantas.
Alguém ai já tentou fazer um exemplo de como as coisas puderiam funcionar? Ou alguem esta interessado em perder uns minutos ou mesmo horas para se trocar umas ideias e tentar fazer ?
abraço
Boas! :moca:
Estavas inspirado ó tommy :)
E axas que se alguem respondesse á noticia que apareceu no JN eles iam publicar alguma coisa???,
Eu acho que uma resposta a uma noticia dificilmente será publicada, por isso estou de acordo com a tua opinião. Mas se existir uma associação canábica a oferecer-se para comunicar pontos de vista e responder a perguntas é mais que certo que muitos jornalistas e jornais estariam interessadíssimos em dar-lhes tempo de antena. É um tema que vende, cada vez mais.
nao me parece. enquanto nao tivermos um jornalismo profissional Portugal nao vai lá.
Preferia que se formasse um lobby em torno disto do que uma associaçao .
Também acho que ia lá melhor com um lobby mas se em Espanha ainda não vimos isso acontecer e há milhares de empresas que facturam milhões com o negócio da semente e do cultivo então também duvido que cá possa acontecer tal coisa uma vez que a semente não é legal e as growshops são poucas em função da forte concorrência de Espanha, onde os impostos são mais baixos e a semente é legal.
Por isso, pelo menos para conseguir influenciar um pouco a opinião de quem está atento aos media, uma associação bem comandada e com objetivos bem definidos poderia fazer a diferença.
Quanto á noticia do JN, ontem li e de uma forma geral é para rir, a unica coisa que se falou da maria foi que mais pessoas vao pedir ajuda e até concordo com isto mas esqueceram-se de dizer que cá em Portugal a lei funciona para isso, se és apanhado com substancias pela policia pode acontecer 3 coisas pagas uma multa em dinheiro ou vais pedir "ajuda" ao psicologo e o que é que as pessoas escolhem? tambem existe a possibilidade de a policia nao querer ter trabalho e obrigate a deitar fora o meterial e nao se passa mais nada.
o resto da noticia que é a maior parte é falar da cocaina de metaanfetamina e das drogas das smartshops que nao nada tem haver com o titulo da notica.
Totalmente de acordo com os "falsos pedidos de ajuda" em função da lei que encaminha para o psicólogo qualquer pessoa que seja apanhada a consumir. É o mesmo que existir uma caça às bruxas e as que são caçadas e não querem ir presas têm que ir ao psicólogo. E depois virem dizer que ser bruxa faz mal à cabeça pois há cada mais bruxas a ir ao psicólogo.
Um dia que isto se torne legal ainda escrevemos um livrinho de anedotas dos tempos do proibicionismo... :D
Bons tricomas!
tommy
Enquanto não EXIGIRMOS pelo menos uma demonstração de boa fé, vamos andar nisto.
Não têm sequer pano pa mangas, nao tem muito que se lhe diga, no café vende-se alcool, existe a cerveja que tem o.5 e o wisky 0.18 , a pessoa conscientemente e que tem que se adaptar qual das duas se vai adaptar melhor a situação.
na erva e igual, já por isso existem ja catalogos muito extensos para dar para todos os gostos.
se fizessem e se dessem ao trabbalhar de inserir uma politica de drogas respoinsavel no País pudiam controlar isso, porque todos nós com muito gosto iriamos participar nessa partilha de informaçao.
Quanto mais tempo a proibiçao ficar instalada, mais tempo os filhos deles, sobrinhos netos vao andar a consumir merda, e depois compram aquelas bostas de smartshop e chamam-lhe cannabis, com sorte a heroina é tambem estraida ai dum hibrido mais putente de cannabis, por amor da Santa amigo.
Deviamos exigir uma demonstração de boa fé, tal como por exemplo deixar de ter uma pena efetiva de cadeia a um numero inferior de X plantas.
Alguém ai já tentou fazer um exemplo de como as coisas puderiam funcionar? Ou alguem esta interessado em perder uns minutos ou mesmo horas para se trocar umas ideias e tentar fazer ?
abraço
Olá amigo!
É isso mesmo, há inúmeras maneiras de explicar a mesma coisa. Uma pessoa não vai para um bar beber whisky (40º) como se fosse cerveja (5º). E se o fizer é inconsciente porque a informação existe e ele sabe o que está a consumir bem como o conteúdo de alcool da bebida que pede. Por isso não se serve whisky em copos de imperial (200-250ml), cheios. Nem se bebem vários desse copos de whisky, como é óbvio.
Quanto a fazer algo como sugeres da minha parte falta é tempo, pois se o tivesse (ou um dia que o venha a ter), certamente que o irei investir em algo do género.
Abraços e bons tricomas :weed:
tommy
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